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Deputados dizem que CGU faz uso político de dados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os deputados Arolde de
Oliveira (PFL-RJ) e Aroldo
Cedraz (PFL-BA) afirmaram
que a CGU (Controladoria
Geral da União) não dispõe
de provas suficientes para
envolvê-los na máfia dos
sanguessugas e que o objetivo do levantamento é fazer
uso político a fim de prejudicá-los nas eleições.
Arolde de Oliveira disse
que a CGU omitiu o fato de
que parlamentares da base
aliada ao governo também
apresentarem emendas para
o município de Paracambi.
"Jorge Bittar (PT-RJ), Jandira Feghali (PC do B-RJ) e
Luiz Sérgio (PT-RJ) tiveram
emendas aprovadas entre R$
80 mil e 100 mil, mas só o
meu nome, Arolde de Oliveira, do PFL, é que foi citado
pela CGU. Isso é desespero
por causa da eleição", disse.
Aroldo Cedraz afirmou,
por meio de sua assessoria
jurídica, que a CGU está sendo "leviana" ao fazer "uso político" de um levantamento
que precisaria primeiro ser
submetido ao TCU (Tribunal
de Contas da União). "Além
disso, a emenda não é vinculada à licitação. A licitação e a
escolha da empresa são competência da prefeitura."
Os deputados João Almeida (PSDB-BA) e Márcio Reinaldo de Moreira (PP-MG)
falaram à Folha na última
terça-feira, quando foi publicada a primeira reportagem
sobre o levantamento da
CGU que os envolvia. Ambos
questionaram a eficiência do
trabalho da Controladoria.
"As emendas são públicas.
As empresas podem procurar diretamente os municípios beneficiados, não precisam de intermediação de deputado", afirmou Almeida.
O mineiro Márcio Reinaldo Moreira, apesar de negar
envolvimento com o esquema, perguntou à reportagem
se havia alguma prova que o
incriminasse. "Tem alguma
gravação de conversa minha
com o pessoal da Lealmaq
[uma das empresas investigadas]? ", questionou ele.
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