São Paulo, domingo, 30 de julho de 2006

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Deputados dizem que CGU faz uso político de dados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os deputados Arolde de Oliveira (PFL-RJ) e Aroldo Cedraz (PFL-BA) afirmaram que a CGU (Controladoria Geral da União) não dispõe de provas suficientes para envolvê-los na máfia dos sanguessugas e que o objetivo do levantamento é fazer uso político a fim de prejudicá-los nas eleições.
Arolde de Oliveira disse que a CGU omitiu o fato de que parlamentares da base aliada ao governo também apresentarem emendas para o município de Paracambi. "Jorge Bittar (PT-RJ), Jandira Feghali (PC do B-RJ) e Luiz Sérgio (PT-RJ) tiveram emendas aprovadas entre R$ 80 mil e 100 mil, mas só o meu nome, Arolde de Oliveira, do PFL, é que foi citado pela CGU. Isso é desespero por causa da eleição", disse.
Aroldo Cedraz afirmou, por meio de sua assessoria jurídica, que a CGU está sendo "leviana" ao fazer "uso político" de um levantamento que precisaria primeiro ser submetido ao TCU (Tribunal de Contas da União). "Além disso, a emenda não é vinculada à licitação. A licitação e a escolha da empresa são competência da prefeitura."
Os deputados João Almeida (PSDB-BA) e Márcio Reinaldo de Moreira (PP-MG) falaram à Folha na última terça-feira, quando foi publicada a primeira reportagem sobre o levantamento da CGU que os envolvia. Ambos questionaram a eficiência do trabalho da Controladoria. "As emendas são públicas. As empresas podem procurar diretamente os municípios beneficiados, não precisam de intermediação de deputado", afirmou Almeida.
O mineiro Márcio Reinaldo Moreira, apesar de negar envolvimento com o esquema, perguntou à reportagem se havia alguma prova que o incriminasse. "Tem alguma gravação de conversa minha com o pessoal da Lealmaq [uma das empresas investigadas]? ", questionou ele.


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