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CRISE FEDERAL
Governo
amplia
punição
a policiais
ABNOR GONDIM
da Sucursal Brasília
O Palácio do Planalto decidiu
ontem afastar os policiais federais
que respondem a processos na
Justiça acusados de cometer crimes contra a administração pública, como corrupção e facilitação
de contrabando.
A medida constará da reedição
da MP (medida provisória) aprovada no final de junho para "desinfetar" a PF. A primeira versão
da MP atingiu apenas os policiais
acusados em processos disciplinares por falta grave, afastando 62.
A reedição da MP submeterá a
afastamento os policiais acusados
de peculato (crime cometido por
funcionário público), desvio de
verbas públicas, concussão (exigir
vantagem indevida), facilitação de
contrabando e corrupção.
A nova versão deve ser publicada hoje no "Diário Oficial". Visa
atingir principalmente policiais
cujos pedidos de demissão elaborados pela PF foram rejeitados pelo Ministério da Justiça.
É o caso do delegado Edson Antonio de Oliveira, candidato do
PSD a deputado no Rio. Ele é acusado de receber vantagens de bicheiros e de desviar recursos de
convênio entre a PF e o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Em processo disciplinar, ele foi
inocentado por falta de provas.
Ex-superintendente da PF no
Rio, Oliveira foi responsável pela
prisão na Tailândia do empresário
Paulo César Farias. Em 94, usou o
slogan "O homem que prendeu
PC" em frustrada campanha eleitoral. Ele nega as acusações.
A ampliação da medida deve
atingir pelo menos 30 policiais citados no dossiê entregue pelo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, ao ministro Renan Calheiros (Justiça).
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