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Lula atinge 50% e vence no 1º turno após 12 dias de TV
Candidato petista tem 12 pontos a mais que a soma das intenções de voto dos adversários
Alckmin tem recuperação
significativa entre mais ricos
e escolarizados; Lula sobe a
70% no Nordeste, mas sofre
queda em sua avaliação
FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisa Datafolha realizada
ontem mostra estabilidade na
corrida à Presidência da República. O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) oscilou positivamente um ponto percentual em uma semana e continua
favorito para vencer no primeiro turno. Luta tem hoje 50%
das intenções de voto.
Seu principal adversário, Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou
dois pontos para cima, e agora
tem 27%. Heloísa Helena
(PSOL) foi de 11% para 10%.
As variações dos três candidatos ficaram dentro da margem de erro do levantamento,
de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Com 50%, Lula alcança a taxa
mais alta já registrada pelo Datafolha para um candidato em
disputa presidencial no primeiro turno, superando os 49% obtidos por Fernando Henrique
Cardoso em 1998 e pelo próprio
Lula no último levantamento.
Nesse patamar, só há chance
de segundo turno se os adversários conseguirem agora subtrair pontos de Lula -o que não
ocorre desde meados de julho.
Após 12 dias de horário eleitoral e faltando 33 dias para a
eleição, Lula tem hoje 56% dos
votos válidos (descontados
brancos, nulos e indecisos),
contra 30% de Alckmin.
A principal novidade da pesquisa é uma significativa recuperação de Alckmin entre os
eleitores mais ricos e escolarizados. O tucano ganhou sete
pontos entre os que ganham
mais de 10 salários mínimos,
chegando a 42% -contra os
29% de Lula. Entre os mais escolarizados, Lula perdeu quatro pontos (de 32% para 28%),
enquanto Alckmin ganhou seis
(de 31% para 37%).
Nesses dois segmentos houve ainda uma erosão na popularidade de Lula. A avaliação positiva do presidente caiu dez
pontos (de 39% para 29%) entre os que ganham mais de dez
mínimos e outros quatro entre
os eleitores com nível superior.
No geral, a avaliação positiva
do governo Lula recuou quatro
pontos, de 52% para 48%.
O problema para Alckmin é
que os segmentos mais ricos e
escolarizados da sociedade têm
pouco peso eleitoral por formarem uma minoria no Brasil.
Como contraponto, Lula voltou a crescer no Nordeste, o segundo maior colégio eleitoral
do país. O petista passou de
65% para 70% das intenções de
voto na região, atingindo um
novo recorde.
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