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Escândalo do mensalão não é mencionado
EM SÃO PAULO
DA REPORTAGEM LOCAL
O "mensalão" foi o grande
ausente do programa de governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao abordar a crise política que
atingiu o governo federal no
ano passado, o documento adota a tática de atacar para se defender. E afasta completamente qualquer possibilidade de
um mea culpa.
Sobram ataques aos tucanos,
que não teriam "autoridade
moral" para tocar no assunto.
"Como podem falar em ética os
autores da privataria que entregou grande parte das empresas estatais em processos marcados por graves denúncias de
irregularidades?", afirma o documento divulgado ontem, em
seu trecho mais forte. "Que autoridades têm aqueles que engavetaram denúncias na Justiça ou deixaram de investigá-las
em dezenas de CPIs abafadas
na Câmara, Senado e Assembléia Legislativa de São Paulo?"
Em seu discurso, Lula prometeu investigar denúncias de
corrupção. "No meu governo é
assim, não tem lixo embaixo do
tapete, doa a quem doer. Varrer
é de verdade. Vamos apurar,
prender quando tiver que prender, inocentar quando for inocente, culpar quando for culpado", afirmou o presidente.
Mesmo sem tocar na crise do
"mensalão", o programa do petista promete "transparência e
combate à corrupção" nos próximos quatro anos. Uma série
de medidas genéricas são elencadas para que esse objetivo seja alcançado, como fortalecer a
Controladoria Geral da União,
aperfeiçoar mecanismos para
coibir a lavagem de dinheiro e
promover a análise sistemática
da evolução patrimonial de
agentes públicos.
A aliança de tucanos e pefelistas que governou o país entre
os anos de 1995 a 2002 é responsabilizada por ter "generalizado a corrupção", na análise
dos petistas.
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