São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2008

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MENSALÃO

Após três anos, Câmara investiga contrato com agência de Valério

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Três anos e três meses após a Folha revelar o escândalo do mensalão, a Câmara dos Deputados reabriu a investigação sobre o contrato firmado com a SMPB, agência de publicidade do principal operador do esquema, Marcos Valério de Souza.
No último dia 12 de agosto, uma portaria da diretoria-geral da Câmara constituiu uma comissão de sindicância, formada por três servidores da Casa, para, em 30 dias, apontar responsabilidades internas sobre a execução e possíveis falhas na fiscalização do contrato.
O contrato foi firmado em 2003 pelo então presidente João Paulo Cunha (PT-SP), primeiro no valor de R$ 9 milhões e, posteriormente, com aditamento de mais R$ 1,7 milhão. Destinava-se a promover a imagem da instituição, assessoria de imprensa e ações de divulgação. Quando o escândalo do mensalão veio à tona, surgiram suspeitas sobre o contrato.
Em 2006, uma comissão de sindicância da Câmara foi formada para apurar responsabilidades internas sobre o caso, mas ela se restringiu a avaliar o processo de contratação da SMPB.
A investigação sobre fiscalização e execução ficou pendente, e a comissão parou de funcionar. Apesar de tardiamente, a comissão foi refeita agora.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou até a conclusão desta edição.
(FZ)



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