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SÃO PAULO
José de Abreu, do PTN, mesmo partido do prefeito Celso Pitta, atacou Paulo
Maluf e Romeu Tuma; pefelista e pepebista reagiram acusando o candidato de ser petista
Microcandidatos se destacam em debate
DA REPORTAGEM LOCAL
Ataques do candidato nanico
José de Abreu (PTN) contra Paulo
Maluf (PPB) e Romeu Tuma
(PFL) dominaram o último debate entre os postulantes à Prefeitura de São Paulo. O pepebista e o
pefelista reagiram dizendo que
Abreu (aliado do prefeito Celso
Pitta) trabalhava em favor do PT.
Sorteado para questionar Maluf, Abreu declarou: "O senhor é o
homem do poço de petróleo sem
petróleo, do estrupa (sic), mas
não mata. Na sua própria campanha, falava que rouba, mas faz".
Maluf ignorou o ataque: "No
outro debate, o sr. veio atacar o
candidato que foi prefeito de Pindamonhangaba, Geraldo Alckmin. Depois o sr. atacou Romeu
Tuma. Agora, o sr. vem me agredir. O sr. está a serviço do PT".
No mesmo bloco, coube a
Abreu perguntar ao senador Tuma. Primeiro, fez uma questão genérica sobre segurança, mas, ao
exercer o direito de réplica, atacou: "O sr. recebeu 192 telefonemas do sr. Lalau. Por que o sr. não
pega sua estrelinha e vai prender o
Lalau, que roubou R$ 169 milhões
e até chamava o sr. de chefe?"
Abreu se referia ao ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, acusado de
desviar dinheiro das obras do Fórum Trabalhista de São Paulo. "Zé
de Abreu, como disse o dr. Paulo
Maluf, está a serviço dos outros
candidatos. Jamais tive amizade
com o Lalau", disse Tuma.
Durante a discussão, pessoas da
platéia gritaram: "Cadê o Lalau?
Cadê o Lalau?". Um dos filhos de
Tuma, Rogério, gritou para
Abreu, no intervalo seguinte: "Cadê a rádio pirata, Zé?" -uma referência às rádios sem autorização legal que o candidato do PTN
teria em São Paulo. "Olha a boca!
Olha o respeito!", dizia Rogério.
Marta Suplicy (PT) entrou em
confronto com um microcandidato, Enéas Carneiro (Prona), e
José de Abreu também entrou em
polêmica também com Luiza
Erundina (PSB). Ela perguntou-lhe: "O que o senhor acha da verba-escalão?" O candidato do PTN
desconversou: "É a primeira vez
que ouvi falar disso". Erundina
então explicou que são os recursos destinados para manutenção
das escolas municipais. "Ah, por
que a senhora não falou que era
relacionado à educação"?
No final do terceiro bloco, Marta dirigiu-se a Alckmin chamando-o de "vice-governador" e
questionou-o sobre a Febem
-no governo Covas, principalmente no segundo mandato (a
partir do ano passado), houve várias rebeliões e fugas.
Em sua resposta, Alckmin argumentou que o governo Covas tem
feito uma "revolução" no atendimento aos menores e defendeu
sua proposta de governo de melhorar a educação municipal para
crianças de até seis anos.
Exibido pela Rede Bandeirantes, o debate começou às 21h05 e
terminou às 23h30, cerca de meia
hora antes do horário previsto. A
audiência média foi de 12 pontos,
com pico de 15 pontos -cada
ponto significa 80 mil telespectadores na Grande de São Paulo. Segundo a TV Bandeirantes, a audiência foi o dobro da média da
emissora para o horário.
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