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São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2003

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PT nacional não quer prévias para 2004

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em reunião ontem em Brasília, a Executiva Nacional do PT desaconselhou a realização de prévias para a escolha dos candidatos do partido nas eleições do ano que vem, especialmente nas capitais em que a sigla já é governo, como no caso de São Paulo.
"A recomendação é tentar construir o consenso", disse o presidente do PT, José Genoino (SP).
O próprio Genoino, no entanto, admite que serão acatadas as prévias convocadas de acordo com as exigências estatutárias do partido, como deve ocorrer em Campinas, outro importante reduto do PT.
O partido pretende definir seus candidatos de 2004 ainda neste ano, para negociar as alianças com outras legendas já no início do ano que vem.
Num primeiro levantamento realizado pela cúpula petista, as alianças com o PMDB podem ser concretizadas nos 14 Estados nos quais a sigla apoiou o PT no segundo turno da eleição presidencial de 2002.
Outro critério para parcerias eleitorais será a "realidade local", o que permitirá eventuais coligações com PFL e PSDB.
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse ontem que o PT é "bom de briga", característica que o fará "aceitar o debate político sobre o governo Lula" e "consolidar alianças" nas eleições municipais de 2004.
"Como sempre, somos bons de briga. Vamos aceitar o debate político sobre o governo do presidente Lula, sobre o Brasil de hoje. Vamos consolidar alianças que nós temos de caminhada e governo hoje", afirmou, durante a inauguração do escritório do partido em Brasília.

Estratégia
O secretário de Finanças do PT, Delúbio Soares, detalhou a ofensiva para a campanha eleitoral. São três eixos principais: uma grande campanha de filiação de militantes, a instalação de diretórios em todos os municípios do país e uma rede interligada de computadores para unificar o discurso.
A campanha para filiação começa no sábado e a idéia é dobrar os atuais cerca de 500 mil filiados.
Soares afirmou que deseja instalar, em cada sede municipal, um computador conectado à rede nacional do partido. Cada máquina deverá contar com uma webcam -câmera que transmite imagens com auxílio da internet.
O objetivo é unificar o discurso e transmitir informações de maneira mais dinâmica. Soares citou como exemplo um jornal do PT sobre a reforma da Previdência. Quando a edição ficou pronta e finalmente chegou em alguns Estados a proposta já era outra.


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