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CAMPO MINADO
PM impede ação, em protesto por desapropriação anulada; 16 se ferem
MST tenta invadir tribunal no Rio
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Com gás lacrimogêneo e sprays
de pimenta, cerca de 30 policiais
militares impediram ontem a entrada de 200 manifestantes no
prédio do Tribunal Regional Federal no Rio. O protesto foi liderado pelo MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra), mas também teve a participação de trabalhadores sem ligação
com os sem-terra, e deixou 15 manifestantes e um policial feridos.
A tentativa de invasão ocorreu
após a 4ª turma de desembargadores anular o processo de desapropriação da área de 3.502 he
onde funcionava a usina de cana
Cambaíba, em Campos (RJ), fechada em 1998. Em 2000, a área
foi invadida por 410 famílias, que
têm cultivos agrícolas no local.
O processo da desapropriação,
iniciado em 1998, foi embargado
pelos donos da usina porque não
houve perícia para comprovar se
a área era improdutiva. Após o
protesto, os manifestantes foram
à sede regional do Incra para pedir ao superintendente Claudir
Furtado que recorra da decisão.
"A polícia agiu de forma arbitrária", afirmou a advogada Ana
Cláudia Tavares, assessora jurídica do MST. "Fui impedir a agressão a um trabalhador que só queria protestar de forma pacífica e
acabei sendo agredida", disse. Segundo ela, uma mulher grávida
de oito meses passou mal com os
efeitos do gás lacrimogêneo.
O comandante do 5º Batalhão,
tenente-coronel Roberto Rocha
Barros, alegou que a PM usou "a
força necessária para impedir
uma depredação". "Arbitrário é
invadir um prédio público", disse.
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