DA SUCURSAL DO RIO

O número de domicílios no Brasil com rede coletora de esgoto cresceu 6,7% de 2002 para 2003, chegando a 48% das residências em 2003. Em 1992, essa proporção chegava a 38,9%, enquanto em 2002 estava em 46,4%.
Os domicílios com fossa séptica (que é considerada ainda uma forma de esgotamento sanitário adequado) representam 21% do total. Com isso, o percentual de residências com alguma forma de esgotamento sanitário adequado chegou em 2003 a 68,9%.
O percentual de domicílios com rede coletora de esgoto ou fossa séptica varia muito de acordo com a região. No Nordeste, essa proporção é de apenas 44,1%, quase a metade da verificada no Sudeste (86,3%).
O serviço mais abrangente é o de iluminação elétrica, que está presente em 97% dos lares. A coleta de lixo e o abastecimento de água por rede geral são encontrados, respectivamente, em 85,6% e 82,5% dos domicílios.
Na rede de iluminação, o crescimento verificado de 2002 para 2003 (de 3,7%) foi superior ao verificado de 2001 para 2002 (2,9%).

Espera de 20 anos
A rua Crisalito, em Osasco, na Grande São Paulo, é constituída por uma maioria de casas bem construídas, ocupadas por moradores de classe média. Ainda assim, os problemas com a falta de rede de esgotos na região são graves. Entre eles, o despejo dos dejetos produzidos em algumas casas, direto para o meio da rua.
"Pelo menos umas três ou quatro casas despejam seu esgoto inteiro na rua. O cheiro é horrível, e a gente tem que ver a sujeira passando na frente de nossa casa", disse Maria Helena Speranza, 54, que mora no local há 33 anos.
Antonio Moreira de Sousa Sobrinho, 44, mora na mesma rua de Speranza há 20 anos. Ele diz que sempre reclamou com os órgãos públicos pela instalação de uma rede de esgoto. Agora, a Sabesp está fazendo obras no local, e o problema deverá ser resolvido nas próximas semanas. "É um pedido nosso de mais de 20 anos."