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SAIBA MAIS
Presidente da Casa tem meios para atrasar cassação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um presidente da Câmara
não pode barrar um processo de cassação contra deputados, mas possui instrumentos que, se usados, podem retardar ou mesmo influenciar a decisão.
Dois são os principais: a
possibilidade de postergar
decisões administrativas sobre o andamento das investigações e o uso de sua influência política para direcionar decisões da Mesa, da
corregedoria ou dos plenários que votam os processos.
Em relação aos três deputados que já sofrem processo
no Conselho de Ética -José
Dirceu (PT-SP), Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG)-, a influência do presidente é restrita,
cabendo a ele apenas definir
a data em que o parecer do
conselho -pela cassação ou
não- irá a voto no plenário.
Um presidente que tivesse
interesse em beneficiar algum acusado poderia marcar a votação para um dia de
baixo quórum ou mesmo
iniciar a sessão com a presença de poucos deputados,
já que são necessários pelo
menos 257 dos 513 votos para cassar o mandato de um
deputado.
Já para o caso dos 13 ainda
investigados pela corregedoria, o presidente tem um voto e toda a sua influência política na Mesa da Câmara,
formado por sete deputados,
que é quem analisa o parecer
da corregedoria e decide
contra quais parlamentares
será aberto processo no
Conselho de Ética.
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