São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 2002

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Partido procura recursos para o "Fome Zero"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PT identificou três possíveis fontes de recursos para financiar o programa "Fome Zero", que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva escolheu como prioridade de seu primeiro ano de governo. O dinheiro -de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões- poderá sair da reestimativa de receitas, do remanejamento de verbas e do corte de despesas de custeio.
Segundo o líder do PT na Comissão Mista de Orçamento, deputado Jorge Bittar (RJ), até o final de novembro os congressistas e técnicos do partido vão analisar o projeto orçamentário para buscar verba para cobrir as demandas da sociedade e do governo.
"É importante que se diga que ainda estamos em situação de grande dificuldade econômica", afirmou o líder petista.
Além do Fome Zero, cujos recursos poderão sair em parte também do Fundo de Combate à Pobreza, é preciso encontrar dinheiro para aumentar o salário mínimo, os salários dos servidores, a verba da saúde e atender às emendas coletivas e individuais dos congressistas.
No Orçamento de 2003 estão previstos R$ 4,565 bilhões do fundo da pobreza, sendo R$ 2,532 bilhões do programa Bolsa-Escola. Neste ano foram previstos R$ 4,258 bilhões, mas o governo só empenhou (reservou para aplicar) R$ 2,432 bilhões, o equivalente a 57%.
A expectativa dos petistas é que em novembro haja uma acomodação do cenário econômico, com redução da taxa de juros e de câmbio.
O líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha (SP), disse que a intenção da bancada é votar o Orçamento de 2003 até o dia 20 de dezembro. Para isso terá de haver uma prorrogação dos trabalhos legislativos, que se encerram no dia 15. (LUIZA DAMÉ E LEONARDO SOUZA)


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