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Partido procura
recursos para
o "Fome Zero"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT identificou três possíveis fontes de recursos para financiar o programa "Fome Zero", que o presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva escolheu como prioridade de seu primeiro ano de
governo. O dinheiro -de
R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões-
poderá sair da reestimativa
de receitas, do remanejamento de verbas e do corte
de despesas de custeio.
Segundo o líder do PT na
Comissão Mista de Orçamento, deputado Jorge Bittar (RJ), até o final de novembro os congressistas e
técnicos do partido vão analisar o projeto orçamentário
para buscar verba para cobrir as demandas da sociedade e do governo.
"É importante que se diga
que ainda estamos em situação de grande dificuldade
econômica", afirmou o líder
petista.
Além do Fome Zero, cujos
recursos poderão sair em
parte também do Fundo de
Combate à Pobreza, é preciso encontrar dinheiro para
aumentar o salário mínimo,
os salários dos servidores, a
verba da saúde e atender às
emendas coletivas e individuais dos congressistas.
No Orçamento de 2003 estão previstos R$ 4,565 bilhões do fundo da pobreza,
sendo R$ 2,532 bilhões do
programa Bolsa-Escola.
Neste ano foram previstos
R$ 4,258 bilhões, mas o governo só empenhou (reservou para aplicar) R$ 2,432
bilhões, o equivalente a 57%.
A expectativa dos petistas
é que em novembro haja
uma acomodação do cenário econômico, com redução
da taxa de juros e de câmbio.
O líder do PT na Câmara,
João Paulo Cunha (SP), disse
que a intenção da bancada é
votar o Orçamento de 2003
até o dia 20 de dezembro. Para isso terá de haver uma
prorrogação dos trabalhos
legislativos, que se encerram
no dia 15.
(LUIZA DAMÉ E LEONARDO SOUZA)
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