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Sem acordo, previdenciária é adiada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Falta de acordo entre governo e
oposição provocou ontem novo
adiamento do início do prazo de
discussão da reforma da Previdência no plenário. Foi o segundo
adiamento consecutivo.
Na terça-feira, primeiro teste da
reforma previdenciária no plenário do Senado, o governo sofreu
uma derrota. Não conseguiu reunir o quórum necessário (41 senadores no mínimo) para a votação
do requerimento do senador Demóstenes Torres (PFL-GO) que
solicita a tramitação conjunta das
duas emendas constitucionais sobre a Previdência.
O governo quer rejeitar o requerimento, cuja aprovação derrubaria a proposta que tramita na Casa
para alterar a reforma sem mudar
o texto aprovado pela Câmara dos
Deputados -a "PEC paralela".
Ontem, o requerimento também não foi votado. Chegou ao
Senado uma medida provisória
-sobre o quadro de pessoal da
Agência Nacional de Águas-
com prazo de tramitação vencido,
o que trancou a pauta.
A oposição não concordou com
a votação dessa MP ontem, alegando falta de acordo no mérito.
Os governistas decidiram não forçar a votação, acionando o "rolo
compressor", o que desgastaria as
relações com a oposição, e fez
acordo com PFL e PSDB para que
a MP e o requerimento de Torres
sejam votados hoje. Assim, poderá transcorrer o primeiro dos cinco dias de discussão da reforma.
Segundo o calendário acertado
ontem entre os líderes, o período
de discussão termina em 11 de novembro, quando a reforma retorna à Comissão de Constituição e
Justiça para exame das emendas
apresentadas no plenário.
O governo quer que a comissão
aprove no dia seguinte (12) o parecer do relator, Tião Viana (PT-AC), sobre as emendas, mas a
oposição não concorda.
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