São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2008
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Dear mr.
A próxima edição da "Americas Quarterly", publicação do Council of the Americas/Americas Society,
traz mensagens de 31 luminares da América Latina ao
futuro presidente dos EUA, seja ele Obama ou
McCain. Os brasileiros são Celso Amorim e Jorge
Gerdau Johannpeter. O chanceler recomendou que o
sucessor de Bush "trate a região com mente aberta e
genuíno desejo de se envolver numa troca sem preconceitos". O dono da Gerdau frisou que "os EUA e o
Brasil precisam expandir sua relação comercial". Tijolos e canos. O balanço do PAC a ser feito hoje pela ministra Dilma Rousseff dará ênfase a habitação e saneamento, com muitas fotos de obras. É uma forma de mostrar progresso, já que o ritmo dos projetos na área de transportes está para lá de lento. Peteca no ar. Na segunda, começa um "road show" do PAC por Lisboa, Londres, Madri e Frankfurt. Em meio ao tsunami internacional, o governo quer transmitir a imagem de que segue investindo. Tem limite 1. As propostas de emenda à MP 443 que a oposição apresentará no Senado, onde tem mais poder de barganha, incluem, além de restrições à compra de empresas pela Caixa, um prazo para que o governo "devolva" a participação adquirida. No caso de bancos socorridos pelo BB, PSDB e DEM cobram relatório de performance das operações de salvamento. Tem limite 2. Do senador ACM Júnior (DEM-BA): "Dar carta branca à Caixa e ao BB, cheios de sindicalistas, é politicamente perigoso e economicamente desastroso". Em resumo. A oposição quer que o governo se limite a socorrer as empresas, várias delas de setores que historicamente financiam as campanhas dos congressistas. Auto-ajuda. Lula disse ontem, na reunião da coordenação política, que os ministros devem manter discurso tranqüilizador sobre a economia. "Toda crise tem solução. A única que eu cheguei a pensar que não tinha, a do Corinthians, acaba de se resolver." É tudo verdade. Em Brasília, Sérgio Cabral disse que o quase rebaixado Vasco está bem no Brasileirão. E que o PMDB não é fisiológico. Nem aí. Ao anunciar que Hans Dohmann vai para a Saúde, o prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), fez aquilo que os peemedebistas no Estado mais temem: sinalizou que dará ouvidos, mesmo, só para Sérgio Cabral. Sprint. Em tempos de crise e ameaça de corte de verbas, os eleitos nas maiores cidades, a pretexto de visitarem o Planalto, iniciam a peregrinação com um pedido em comum: manter intactas as emendas parlamentares que tratam de grandes obras. Hoje será a vez de Oswaldo Dias (PT), vitorioso em Mauá. Em campanha. Orlando Silva colocou bandeirolas na Câmara para anunciar ações do Ministério do Esporte. Ele pleiteia que o Congresso aumente sua fatia no Orçamento de 0,8% para 1%. Pianinho. Enquadrada pela direção do partido, a bancada petista no Senado amaciou o discurso sobre a presidência da Casa. "Vamos trabalhar para que o PMDB nos apóie, mas isso não é uma exigência", diz a líder Ideli Salvatti (SC). Palheiro. Mais de 70 depoimentos de arapongas já foram tomados no inquérito da PF sobre o grampo que envolveu o presidente do STF, Gilmar Mendes. Há agentes da Abin que admitiram ter feito grampos ilegais, mas nenhum deles no caso em questão. com FÁBIO ZANINI e SILVIO NAVARRO Tiroteio "Antes de gastar bilhões para acudir bancos e empresas em perigo, o governo do PT deveria oferecer um jantar de desagravo a Chico Lopes, que o partido crucificou por evitar a quebra de dois "tamboretes" na crise cambial de 1999." De EDUARDO GRAEFF , secretário-geral da Presidência no governo FHC, sobre a medida provisória 443. Contraponto Vigilância sanitária
Na tentativa de tranqüilizar o Congresso a respeito da
medida provisória anticrise, o ministro Guido Mantega
reuniu-se anteontem com líderes dos partidos no Senado.
Alguns dos presentes aproveitaram o encontro para tratar da emenda que altera regras do fator previdenciário
em benefício dos aposentados. Defensor da proposta, Mário Couto (PSDB-PA) lançou uma ameaça: |
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