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outro lado
Para diretor de programa, meta foi "extremamente ousada"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Diretor do programa Luz para Todos, Hélio Morito diz que,
apesar de não ter sido atingida,
a meta de atender 2 milhões de
famílias até o final deste ano foi
"extremamente ousada".
"Para nós que estávamos
construindo o programa na
época [em 2003], a estimativa
era que o número de 2 milhões
[de famílias] seria factível até
2010, e não 2008. Então, foi
uma meta [até 2008] extremamente ousada", afirma Morito.
Segundo ele, 2008 foi um ano
complicado para o programa
por conta da demanda alta
diante de alguns entraves, como a falta de mão-de-obra especializada e a desmobilização
de empresas do setor.
"A indústria que antigamente entregava os equipamentos e
materiais com 30 dias hoje demora 90 dias, mais ou menos,
para entregar esse mesmo material, porque a demanda cresceu demais", disse Morito. "Eu
não sei se existe interesse da indústria nacional de ampliar a
sua indústria para uma coisa
que tem tempo para acabar."
Segundo ele, contestações no
Tribunal Superior Eleitoral sobre a assinatura de contratos
em ano eleitoral atrasaram alguns projetos em até 30 dias.
A pasta prevê, para 2010, dificuldades para levar energia às
casas restantes. Isso porque a
maioria delas está em locais
isolados da região Norte -os
chamados "ossos" do programa. O norte de Minas Gerais e
trechos do Nordeste devem ser
atendidos em 2009.
Além disso, enquanto cruza
dados da demanda cadastrada
com o recente censo agropecuário do IBGE, o Ministério de
Minas e Energia admite que a
marca de 3,2 milhões de ligações pode ser ampliada. Mas,
caso isso ocorra, sobrará para o
próximo presidente da República. "Nós vamos cumprir a
nossa meta e, em respeito ao
próximo presidente, que ele defina pela continuidade ou não
do programa."
(ES)
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