São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 2006 |
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Toda Mídia Nelson de Sá Outra globalização "Financial Times"
e "Wall Street Journal"
traziam ontem textos sobre uma outra globalização. Abrindo
o do "FT", "a globalização está evoluindo". A tese é
que "nos anos 90 o debate era sobre abrir emergentes
ao comércio externo e os desafios com a extensão das
multinacionais dos países desenvolvidos". Não mais,
"agora está claro que a globalização não é um feudo".
Estão aí "empresas chinesas, indianas e brasileiras
com ambição" a comprar as mesmas multinacionais
-com destaque para a disputa entre a indiana Tata e a
brasileira CSN pela Corus, anglo-holandesa. A onda
avança em tecnologia, com "banqueiros e executivos"
apontando o potencial de empresas como a indiana
Mahindra, a chinesa Huawei e a brasileira Embraer.
Na série da CNN, o diretor da Petrobras Ildo Sauer fez um debate pitoresco com Marta Suplicy e Gilberto Gil. E o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, surgiu em longa reportagem sobre o biodiesel. Entre carros e pés de mamona, o enviado Jim Clancy saiu dizendo que "muitos países zombaram do Brasil quando lançou o esforço pelo etanol e agora estão importando" -e "hoje a esperança" estaria no biodiesel. Mas a notícia do dia era outra, no âmbito da Petrobras. "Brasil fica mais distante da auto-suficiência em gás", no título da Folha Online para a suspensão dos arremates de áreas de exploração, após conflito entre estatal e agência.
LULA LÁ A barafunda não tem fim, na Nigéria. Na Globo, "antes de viajar, o presidente Lula torceu o tornozelo". Já na África, ele "chegou mancando e com expressão de dor". Era a foto em destaque nos portais, Lula em cadeira de rodas. Nem foi ao jantar de abertura, segundo o site da BBC Brasil. Deveria ter um encontro com o líbio Muamar Khadafi, mas este demorou, após um entrevero de seguranças no aeroporto, e ficou para hoje. Com pouca atenção em agências e jornais dos EUA, estão cobrindo a chinesa Xinhua, a cubana Prensa Latina, a France Presse etc. ETANOL NA ÁFRICA A britânica Reuters deu que a África do Sul, presente na cúpula nigeriana, vai recorrer aos biocombustíveis visando "dar nova vida à agricultura". O objetivo é "emular o êxito de gigantes como o Brasil". ETANOL NO JAPÃO O japonês "Asahi Shimbun" destacou ontem, de sua parte, que o primeiro-ministro Shinzo Abe vem promovendo "o bioetanol num esforço para seduzir eleitores rurais". A conversa é a mesma da África do Sul aos EUA, tornar o biocombustível "prioridade". Oficialmente, é para se contrapor aos altos preços do petróleo, "mas há mais, ao que parece, atrás do entusiasmo: votos". O Japão tem eleição parcial para o parlamento em meados do ano que vem. O "Asahi Shimbun" registra que no Brasil "o etanol de cana-de-açúcar é substituto atrativo para a gasolina", o que estaria se espalhando "rapidamente pelo mundo". MOVIDO A CANA E a rede de rádio pública dos EUA, NPR, transmitiu um programa sobre o Pró-Álcool, com a chamada "O futuro do Brasil é movido a cana". Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Orçamento: Ministro propõe à CPI orçamento impositivo Índice |
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