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"Filho da anistia" é 22% do eleitorado
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cerca de 25 milhões de brasileiros com direito de votar na eleição
de 2002 não têm memória pessoal
de fatos políticos anteriores ao governo do presidente Fernando
Henrique Cardoso.
Eles tinham apenas entre 8 e 16
anos quando FHC assumiu o Palácio do Planalto, em janeiro de
1995. São os "filhos da anistia",
que nasceram na época próxima
ou posterior à publicação da Lei
da Anistia, sancionada em 1979
por João Baptista Figueiredo
-último presidente do regime
militar (1964-1985)-, que permitiu a volta ao Brasil de pelo menos
5.000 exilados políticos.
Em outubro do ano que vem,
eles terão de 16 a 24 anos e representarão cerca de 22% do eleitorado nacional.
Em comum, são pessoas que
não guardam recordações de episódios da história recente do país
como a campanha das Diretas-Já,
em 1984, o fim do regime militar,
em 1985, e o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que terminou renunciando em 1992.
São quase nulas as chances de
lembranças da época do governo
do ex-presidente José Sarney
(1985-1990), pai da governadora
do Maranhão, Roseana Sarney, a
virtual candidata do PFL à Presidência da República em 2002.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estima que haverá 114 milhões de eleitores aptos a votar em
2002. Dos 25 milhões de jovens
com menos de 24 anos, 3,3 milhões não são obrigados a participar. Eles terão entre 16 e 18 anos
incompletos e podem tirar o título de eleitor. Os eleitores têm até o
início de maio para pedir a um
cartório eleitoral a emissão do título ou a sua transferência para
outra cidade. Só depois desse momento o TSE terá números definidos do eleitorado nacional e o de
cada Estado.
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