DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A primeira grande cerimônia palaciana do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi marcada pela descontração e pela inusitada mistura de convidados.
Além de quase todo o ministério e 17 governadores, compareceram atores, cartunistas, "ongueiros", trabalhadores rurais, índios e religiosos. Políticos de situação e de oposição sentaram juntos para ouvir o presidente, mas evitaram atritos e críticas públicas. Um dos principais momentos de constrangimento aconteceu no final do discurso presidencial: o ministro dos Transportes, Anderson Adauto (PL), não aplaudiu.
Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo, circulou pelo salão e colocou as prefeituras do PPB à disposição do governo federal para ajudar no Fome Zero.
O governador Joaquim Roriz (PMDB), inimigo do PT local, entrou e saiu discretamente. Foi um dos poucos que não foram chamados de "meu caro", pelo presidente. José Graziano, único ministro que se sentou ao lado de Lula, foi assediado ao fim da cerimônia.
Os atores presentes -Marcos Winter, Carla Marins, Vera Holtz, Zezé Polessa e Chico Diaz- frisaram que não serão "manequins de vitrine" do Fome Zero. O cartunista Maurício de Souza anunciou que o Fome Zero deve utilizar a Magali, personagem da Turma da Mônica, nas campanhas educativas do Fome Zero. (LEILA SUWWAN)


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