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Alckmin faz crítica ao formato de programa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Principais nomes que despontam no PSDB para disputar a Presidência em 2006, os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Aécio
Neves (MG) mostraram-se dispostos a colaborar com o Fome
Zero, mas não pouparam críticas
ao formato do programa. Também pediram a inclusão de municípios de seus Estados não contemplados na primeira fase.
Alckmin pediu a integração do
Estado ao Fome Zero o mais rapidamente possível. "Há grandes
bolsões de pobreza em São Paulo.
O programa está começando ainda, mas vai chegar a São Paulo.
Espero que chegue logo", disse.
O tucano citou como áreas carentes a região metropolitana, o
vale do Ribeira e o Pontal do Paranapanema. "Mesmo em regiões
ricas há municípios pobres."
Na primeira etapa do Fome Zero, só serão contempladas cidades
do semi-árido nordestino. Não há
previsão para ampliação da
abrangência do programa.
Alckmin se diz disposto a colaborar com o governo Lula, por
meio de parceria. Citou programas de concessão de renda que
implantou e que poderiam ser
usados como subsídio ao Fome
Zero. Apesar do tom amistoso, ele
criticou o princípio maior do programa -a vinculação do benefício à compra de alimentos. "Prefiro o modelo em que dinheiro é
entregue às famílias para terem liberdade de gastos."
Aécio
Aécio também realçou a disposição em ajudar o governo federal.
"O programa de combate à fome
tem que ser de todos." Mas criticou a exigência de comprovação
de gastos pelas famílias. "Na minha opinião, a exigência da nota
fiscal é um complicador", afirmou o governador.
Na verdade, o Fome Zero exige
qualquer tipo de comprovação de
gastos (como um recibo), não necessariamente nota fiscal.
Aécio, que terá municípios do
norte do Estado incluídos na primeira etapa do Fome Zero, afirmou que "gostaria de ter tido
mais [cidades]". "Espero que numa segunda etapa novas regiões
de Minas entrem."
(FÁBIO ZANINI)
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