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São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 2003

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Alckmin faz crítica ao formato de programa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Principais nomes que despontam no PSDB para disputar a Presidência em 2006, os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Aécio Neves (MG) mostraram-se dispostos a colaborar com o Fome Zero, mas não pouparam críticas ao formato do programa. Também pediram a inclusão de municípios de seus Estados não contemplados na primeira fase.
Alckmin pediu a integração do Estado ao Fome Zero o mais rapidamente possível. "Há grandes bolsões de pobreza em São Paulo. O programa está começando ainda, mas vai chegar a São Paulo. Espero que chegue logo", disse.
O tucano citou como áreas carentes a região metropolitana, o vale do Ribeira e o Pontal do Paranapanema. "Mesmo em regiões ricas há municípios pobres."
Na primeira etapa do Fome Zero, só serão contempladas cidades do semi-árido nordestino. Não há previsão para ampliação da abrangência do programa.
Alckmin se diz disposto a colaborar com o governo Lula, por meio de parceria. Citou programas de concessão de renda que implantou e que poderiam ser usados como subsídio ao Fome Zero. Apesar do tom amistoso, ele criticou o princípio maior do programa -a vinculação do benefício à compra de alimentos. "Prefiro o modelo em que dinheiro é entregue às famílias para terem liberdade de gastos."

Aécio
Aécio também realçou a disposição em ajudar o governo federal. "O programa de combate à fome tem que ser de todos." Mas criticou a exigência de comprovação de gastos pelas famílias. "Na minha opinião, a exigência da nota fiscal é um complicador", afirmou o governador.
Na verdade, o Fome Zero exige qualquer tipo de comprovação de gastos (como um recibo), não necessariamente nota fiscal.
Aécio, que terá municípios do norte do Estado incluídos na primeira etapa do Fome Zero, afirmou que "gostaria de ter tido mais [cidades]". "Espero que numa segunda etapa novas regiões de Minas entrem." (FÁBIO ZANINI)


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