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São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 2003

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MULTIMÍDIA

The Economist, de Londres

"A mensagem de Lula a dois mundos"

DA REDAÇÃO

Em artigo publicado em sua última edição, a revista "The Economist" diz que talvez nenhum outro líder poderia ter feito o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez no último final de semana -quando participou do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, e de lá voou para Davos, na Suíça, para estar no Fórum Econômico Mundial, a antítese do primeiro.
Segundo a revista, se Lula agrada aos integrantes dos dois fóruns, não é criando um novo paradigma, mas trabalhando criativamente com um paradigma já estabelecido, por dois motivos. O primeiro é que Lula seria um conciliador. Em sua boca, slogans como "abaixo a Alca" se tornam "nós queremos mercado livre", mas com "reciprocidade".
O segundo motivo, diz a revista, é que Lula procura alcançar objetivos com meios que Davos endossaria. Sua equipe econômica "engoliu o remédio do FMI" para países com economia fraca e inflação crescente, por exemplo.
Mas, segundo a "Economist", os obstáculos que o governo Lula vai enfrentar devem vir menos do grupo de Davos que de seu próprio país. De um lado, diz, Lula aceitou o apoio de grupos políticos tradicionalmente ligados à corrupção. De outro, a maioria de seus críticos estão na esquerda de seu próprio partido, se opondo ao FMI e às reformas propostas.
Se Lula de fato mostra que Davos não é obstáculo para justiça social e econômica, conclui o artigo, sua presença em Porto Alegre pode ser recebida com menos entusiasmo ao final de seu mandato.


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