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CASO SILVEIRINHA
Depoimento de ex-subsecretário "acrescentou muito", diz delegado
Suspeito depõe e nega possuir contas
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Em depoimento de mais de
quatro horas ontem à Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), da Polícia Civil do
Rio, o subsecretário de Administração Tributária no governo de
Anthony Garotinho (1999-abril
de 2002), Rodrigo Silveirinha
Corrêa, se recusou a responder se
o ex-governador do Rio teria algum envolvimento no suposto esquema de corrupção responsável
pelo envio de US$ 33,4 milhões
para contas bancárias da Suíça.
Silveirinha, que apareceu pela
primeira vez em público ontem
desde que o escândalo estourou,
no início do mês, também não
quis responder se está envolvido
em supostas extorsões praticadas
contra a empresa de energia Light
e a supermercados no Rio.
O advogado de Silveirinha, Clóvis Sahione, disse que o cliente negou possuir contas na Suíça e informou ter entregue ontem ao
juiz da 3ª Vara Criminal Federal
do Rio, Lafredo Lisboa, três passaportes de Silveirinha, como garantia de que ele não viajará.
Silveirinha chegou à Draco por
volta das 13h45, acompanhado de
Sahione e do fiscal de rendas Rômulo Gonçalves, outro suspeito.
Marcado para ontem, o depoimento de Gonçalves será hoje.
O delegado Alessandro Thiers
afirmou que o depoimento de Silveirinha acrescentou muito nas
investigações, mas não quis revelar o conteúdo das declarações do
ex-subsecretário.
Ele está analisando documentos
cedidos pelo Ministério Público
Federal, Secretaria Estadual de
Fazenda e Coaf (Conselho de Administração Fiscal) para tentar
achar algum indício.
O deputado estadual Carlos
Minc (PT), que deverá integrar a
CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) da Assembléia Legislativa que investigará a suposta corrupção na Secretaria Estadual de
Fazenda, acompanhou o depoimento de Silveirinha.
Minc disse que o ex-subsecretário negou possuir negócios com
os outros 11 suspeitos de enviar
dinheiro ilícito para o exterior.
Negou também que seja sócio
de qualquer firma de consultoria,
disse que seus vencimentos são
exclusivamente do serviço público e que, nos últimos cinco anos,
só saiu duas vezes do Brasil.
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