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Advogado afirma que a conversa gravada foi uma "grande gozação"
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado José Firmo Ferraz
Filho, o interlocutor do caso Lubeca, qualificou o que disse ao advogado Eduardo Pizarro Carnelós
em conversa gravada como uma
"grande gozação".
Disse que o deputado federal e
candidato à presidência da Câmara Luiz Eduardo Greenhalgh foi
seu contemporâneo na faculdade
de direito, mas que não são amigos e "não se lembra" se a Lubeca
fez alguma doação para a campanha do PT. "Já faz muito tempo",
afirmou Ferraz Filho.
A reportagem entrou em contato com o advogado na sexta. Ao
ser informado do assunto, caso
Lubeca, disse que não tinha interesse em falar e desligou o telefone. Minutos depois, Ferraz Filho
telefonou para a Redação. A seguir, a conversa:
José Firmo Ferraz Filho - Por que você me ligou sobre a Lubeca?
Folha - Quero saber se o sr. confirma tudo o que disse na conversa
com dr. Carnelós.
Ferraz Filho - Aquilo tudo foi gozação. Eu sabia que estava sendo
gravado e até falei isso para ele.
Folha - Em que momento da conversa o sr. disse isso?
Ferraz Filho - Logo no começo.
Folha - A Folha tem cópia da fita e
do laudo do IC e, em nenhum momento, o sr. diz saber da gravação.
Ferraz Filho - Mas eu sabia. Falei
tudo por gozação. Você tem de
entender que o clima naquela
época era de muita tensão, de
muita pressão.
Folha - Não é contraditório falar
em tensão e ao mesmo tempo falar
de gozação com coisas tão graves?
Ferraz Filho - Foi brincadeira.
Folha - A Lubeca deu dinheiro para a campanha do PT?
Ferraz Filho - Disso eu não me
lembro, faz muito tempo.
Folha - O partido pediu dinheiro?
Ferraz Filho - Meu amor, já disse
que não me lembro. Isso foi tudo
brincadeira.
Folha - O sr. era o negociador do
PT?
Ferraz Filho - Eu? [risos] Nem
pensar. Eu nem gosto do PT.
Folha - O sr. era amigo de Greenhalgh?
Ferraz Filho - Nós fomos contemporâneos de faculdade. E só.
Nunca fomos amigos. Foi tudo gozação.
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