CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deixa hoje o cargo para se dedicar à campanha pela Presidência da República ainda sem um quartel-general. O PSDB ainda não possui um endereço para o comitê eleitoral de Alckmin em São Paulo.
Segundo o tesoureiro do PSDB, Marcos Monteiro, "o partido vai bater o martelo no sábado [amanhã]". O partido tem procurado salas para alugar no Itaim. Mas ainda discute com o comando nacional do partido quem vai custear esses gastos em período pré-eleitoral. "O PSDB nacional deve assumir essas despesas para que possamos cobrir as da candidatura Serra", disse ontem o presidente estadual do PSDB, deputado Sidney Beraldo.
Até por isso, Alckmin deverá passar segunda e terça-feira em Brasília, onde ocupará uma sala de reuniões na sede nacional do partido. Segundo tucanos, ele, na quinta-feira, terá um escritório em São Paulo.
Na segunda, Alckmin se reunirá com o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e com o senador Sérgio Guerra (PE), indicado para a coordenação da campanha.
Segundo tucanos, Guerra foi recomendado por Tasso, com quem tem afinidade. Além de ser nordestino, não concorre nessas eleições. Ele não tem, porém, intimidade com Alckmin.

Comando geral
Para o comando geral da campanha, um dos nomes cogitados é o do ex-governador do Pará, Almir Gabriel. Como ele está sendo pressionado a disputar o governo do Estado caso Simão Jatene não concorra, sua participação na campanha dependeria de uma decisão local.
Para a consolidação do programa de governo, o nome em análise é o do secretário de Ciência e Tecnologia, João Carlos Meirelles. Sua missão será o de colher propostas para o que chama de termo de referência para a elaboração de um documento.
Hoje responsável pela organização das viagens de Alckmin, Marcos Monteiro tem sido cogitado para a coordenação-executiva da campanha.
Na semana passada, Alckmin convidou o secretário particular do prefeito José Serra, José Henrique Lobo, para a coordenação-executiva. Sob alegação de que pretende ficar em São Paulo, Lobo se comprometeu a colaborar, mas deverá ficar na coordenação geral da campanha de Serra ao governo do Estado.
Além de Lobo, Alckmin e Serra deverão dividir ainda duas assessorias, a jurídica e a de comunicação. Para a assessoria jurídica dos dois candidatos, deverá ser escolhido o advogado Ricardo Penteado, que, em 2002, representou Serra e Alckmin. Serra, para Presidência. Alckmin, para o Estado.
Para a área de comunicação, o mais cotado é o jornalista Luiz Gonzalez, que atua nas campanhas do PSDB do Estado, como a eleição de Serra em 2004.
Como boa parte dos fornecedores é de São Paulo, os tucanos discutem a hipótese de concentrar a campanha no Estado, fixando um comitê para Alckmin em Brasília.


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