DA REPORTAGEM LOCAL

Em muito menor número que no debate anterior, nem a militância petista paga resistiu até o final ontem. Às 23h, ao término do segundo dos cinco blocos, restavam menos de 50 dos cerca de 300 cabos eleitorais do PT da prefeita Marta Suplicy.
No caso dos outros partidos era mais fácil a contabilidade: dez do PV, seis do PSB e um só do PSDB. O PDT de Paulo Pereira da Silva chegou a levar cerca de 200 militantes pagos para as imediações da TV Record, mas todos foram embora às 21h30, antes mesmo do debate. Do PP de Paulo Maluf, ninguém.
A estrutura levada pelo PT foi muito mais tímida que no debate anterior, quando havia cerca de mil pessoas, todas uniformizadas, e vários caminhões. Desta vez, havia quatro camionetes.
Antes do debate, os militantes do PT estavam de um lado, enquanto os dos outros partidos de outro. Mais tarde, os do PV passaram para o lado dos petistas, para assistir ao debate nos telões das camionetes. O militante solitário do PSDB chegou depois das 22h e ficou desse lado também, em um canto. "Estou sozinho, está tudo tranqüilo, é só não provocar", afirmou à Folha Rafael Rezende Moura, 18.
Mesmo com a diminuição da militância do PT, os representantes do PSB preferiram ficar do outro lado, de onde não se podia ver nem o pequeno telão colocado pela Record. "Estou me sentindo o último dos moicanos, mas pelo menos dá para ouvir", disse Cláudio Estevão. Só mudaram no final. No PV, lamentavam a "falta de organização" de Penna, como afirmou Fernando Vila Verde. (PDL)


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