São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 2005

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MENSALÔNICAS

ELETRONUCLEAR


Acionistas de estatal vêem perseguição política e mantêm presidente no cargo
O presidente da Eletronuclear, Paulo Figueiredo, foi mantido no cargo ontem pelos acionistas reunidos, no Rio, em assembléia geral extraordinária. Os acionistas não aceitaram que ele se afastasse, pretensão que chegou a manifestar na reunião.
Figueiredo presidiu até abril deste ano o fundo de pensão da estatal, o Nucleos. Relatório da auditoria realizada no fundo após o início do escândalo do "mensalão" concluiu haver pelo menos 30 indícios de irregularidades cometidas durante a administração de Figueiredo. Entre as irregularidades, o favorecimento de bancos na gestão de investimentos do fundo.
A Folha apurou que Figueiredo chegou a redigir uma carta de renúncia, mas os acionistas o convenceram a não se afastar, já que estaria sendo vítima de uma perseguição política. Figueiredo dizia na carta que sua permanência no cargo poderia estar prejudicando a Eletronuclear, já que haveria uma disputa para afastá-lo da presidência. Dessa disputa estariam participando políticos, inclusive do PT.
Em nota divulgada no início da noite, a Eletronuclear informou que Figueiredo é funcionário há 26 anos e nunca exerceu cargos no Sindminas, o sindicato dos trabalhadores em mineração, nem na Companhia Vale do Rio Doce.
(DA SUCURSAL DO RIO)

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