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OUTRO LADO
Diretor do Dnocs diz que decisão é apenas política
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
O diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Produção do
Dnocs, Leão Montezuma, um
dos diretores que decidiram
pela compra do terreno para o
assentamento de famílias, em
Jaguaretama, afirmou que a denúncia é meramente política e
que não houve superfaturamento nem uso eleitoral.
Segundo ele, a tabela usada
para definir o preço foi feita em
2002, na gestão passada do
Dnocs, e o terreno escolhido,
que era da mãe do candidato a
prefeito pelo PPS, foi considerado o mais adequado, por
meio de laudos técnicos.
"Os outros terrenos eram
muito acidentados e dava para
saber que não seria viável o assentamento das famílias em
outro lugar", disse.
Para Montezuma, o prefeito
Afonso Cunha (PSDB) é leviano ao afirmar que o terreno
não fica numa área nobre da cidade e por fazer acusações sobre superfaturamento, só por
ter divergências políticas com
Francijaime Pinheiro, candidato derrotado do PPS.
Ele disse ainda que o pagamento foi feito às vésperas da
eleição porque o Dnocs estava
sendo pressionado pelo governo do Estado, já que a obra estava atrasada havia pelo menos
dois anos. Pinheiro, por sua
vez, nega ter se beneficiado da
venda do terreno de sua mãe.
Segundo ele, a avaliação do
terreno poderia ser até mais alta, mas sua mãe decidiu vendê-lo porque já tinha sido feito um
acerto com o Dnocs. "Se fôssemos fazer um loteamento, com
certeza poderíamos chegar a
mais de R$ 1 milhão", disse.
Para o ex-candidato, foi apenas "coincidência" a decisão da
compra e o pagamento terem
ocorrido dias antes da eleição.
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