São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 2006

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Tasso afirma que oposição será "dura e enérgica"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), prometeu ontem uma oposição "dura e enérgica" ao segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que a reeleição não significa "anistia aos crimes cometidos", mas admitiu a chance de diálogo com o Planalto para tratar da agenda de futuras reformas.
Ao admitir a abertura do diálogo, entretanto, o tucano mandou um recado direto: "Os governadores José Serra e Aécio Neves são incooptáveis pelo governo", em referência a um eventual pacto com os governadores eleitos em São Paulo e Minas Gerais.
"Não precisamos autorizar nenhum governador a conversar com o presidente da República, é uma conversa institucional e necessária".
As declarações de Tasso foram dadas em resposta ao aceno do governo para uma aproximação com partidos de oposição. "Não se corta o diálogo, o que não se abre são portas para cooptação, coalizão e alianças. Não se abre mão de uma oposição enérgica e que não se entenda que a eleição significa anistia para crimes."
Ele afirmou que manterá as ações em curso na Justiça Eleitoral contra a candidatura de Lula. "Ninguém vai ficar impune, e nem nós vamos aceitar, por causa das eleições."
Ele também rechaçou que o partido poderia passar por uma reestruturação mirando as eleições de 2010. "Vamos é partir para cima, nada de mergulhar, foram 40 milhões de pessoas que confiaram na gente [...] A oposição fortalece, dá músculos e idealismo ao partido político que se perdem quando se está no poder."


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