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ELEIÇÕES 2006 / MAPA DO VOTO
PT expande cinturão na periferia paulistana
Do primeiro para o segundo turno, Lula elevou de 14 para 22 o número de áreas em que venceu Alckmin na capital
Tucano, que venceu em 30
zonas, teve 3% a mais de
votos na segunda votação,
enquanto Lula conquistou
30% a mais de eleitores
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
O PT conseguiu reconquistar
oito zonas eleitorais da cidade
de São Paulo, áreas de periferia
que eram tradicionais redutos
do partido e da ex-prefeita
Marta Suplicy (PT), mas que tinham preferido Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno.
No cômputo final, Luiz Inácio Lula da Silva conquistou 22
zonas eleitorais da capital, contra 30 em que Geraldo Alckmin
(PSDB) venceu. Mesmo derrotado, o presidente teve votação
maior em todas as regiões, de
acordo com a divisão considerada pelo Tribunal Regional
Eleitoral.
Geraldo Alckmin, com mais
de 3,4 milhões de votos, cresceu apenas 3%, contra os 30%
de Lula, que teve 2,9 milhões de
eleitores na capital paulista.
"A estratégia da capital foi
crescer da periferia para o centro", afirma o vereador Paulo
Fiorilo, presidente do PT no
município de São Paulo.
Campo Limpo, Capela do Socorro, na zona sul e Itaquera e
Ermelino Matarazzo, na leste,
eram alguma das áreas prioritárias e onde Lula conseguiu virar no segundo turno. Todos
esses locais eram áreas de domínio de Marta Suplicy nas
eleições de 2004, quando perdeu para José Serra (PSDB).
O partido também atingiu
outro objetivo para o segundo
turno, expandir o "cinturão
vermelho", áreas onde Lula já
ganhara no primeiro turno, caso de Sapopemba, na zona leste.
"Houve uma ampliação fundamental na periferia, que se
deve a uma onda geral pró Lula", afirma o coordenador da
campanha de Geraldo Alckmin
na região metropolitana, o vereador tucano Geraldo Natalini. Para ele, no entanto, também contribuíram a problemas
"políticos e administrativos" da
campanha Alckmin.
"Empobrecemos no segundo
turno. Durante quinze dias, a
campanha foi só de boca, sem
um folheto. Eles também saíram em vantagem com a vitimização de Lula e ao nos taxarem
de privatizantes. Garotinho
também colocou poeira." Natalini, no entanto, disse não se
considerar derrotado. "São
Paulo resistiu bravamente."
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