|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2006 / RIO DE JANEIRO
Cabral defende apoio do PMDB a Lula
O peemedebista, que foi eleito com 68% dos votos válidos, declara que o partido deve se manter aliado ao presidente
Governador eleito irá se reunir na tarde de hoje com o petista para falar sobre os Jogos Pan-Americanos, que ocorrerão em julho próximo
MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO
O mais importante governador dos sete eleitos pelo PMDB,
a considerar o número de eleitores do Estado do Rio e Janeiro, Sérgio Cabral Filho defendeu ontem o apoio do partido
ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT).
Cabral venceu o pleito com
68% dos votos válidos
(5.129.064), mais que o dobro
dos 32% obtidos por Denise
Frossard, do PPS (2.413.546).
Lula, a quem Cabral se associou
no segundo turno, alcançou
70% no Estado.
Hoje à tarde o futuro governador deve se encontrar com o
presidente no Planalto. Falará
dos Jogos Pan-Americanos,
que ocorrerão no Rio em julho.
A União é um dos principais financiadores do evento.
Cabral afirmou à Folha que
cumprirá o compromisso assinado na campanha com o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), seu adversário político.
Entre as medidas estão entregar a Linha Vermelha (via
expressa de acesso à capital) e a
gestão do esgoto na zona oeste.
A Guarda Municipal assumirá
a administração do trânsito
-mas não necessariamente ficará com a receita das multas.
Cabral, 43, foi dormir pouco
depois da meia-noite de domingo. Com o fim da campanha, planeja voltar a assistir aos jogos do seu time, o Vasco.
Hoje toma o café da manhã
com a governadora Rosinha
Matheus, sua correligionária
do PMDB, mas anti-Lula.
Cabral destacou quatro nomes para sua equipe de transição. Um deles, o procurador do
Estado Régis Fichtner, está
confirmado como o secretário
mais forte do próximo governo,
no Gabinete Civil. Suplente de
Cabral no Senado, Fichtner assumirá a vaga por semanas e
depois a cederá para o segundo
suplente, Paulo Duque.
Sede e pote
O governador eleito disse que
a sua relação com Lula será a
melhor possível. "Do ponto de
vista pessoal, muito fraterna.
Do ponto de vista da agenda pública, com grandes resultados
para a população".
No encontro de hoje, Cabral
pretende tratar "do Pan e das
ações do governo federal com o
Estado, numa relação mais ágil,
mais ampla, em saúde, educação e infra-estrutura".
"Vamos falar mais no apoio,
de forma mais geral. A gente
não pode ir com muita sede ao
pote, vamos com calma, com
relação positiva, permanente e
duradoura. Assim se tratam os
aliados." Rosinha e Lula têm relação conflituosa.
Ao contrário do que defende
a governadora, seu sucessor
quer o apoio decidido do
PMDB a Lula no segundo mandato. É o que ele pregou ontem
ao presidente nacional do partido, Michel Temer, que o visitou ontem à tarde.
"O partido tem que dar apoio
ao governo federal", disse.
"Tem que estar junto porque é
importante para o país. Cargo
não é prioridade. O PMDB tem
sete governadores eleitos. Eles
têm que estar preocupados em
levar uma agenda positiva para
o presidente", afirmou o governador eleito.
Texto Anterior: Lula ultrapassa Alckmin em duas regiões paulistas Próximo Texto: Pernambuco: Eleito defende reforma política e tributária e reativação da Sudene Índice
|