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Tendência da eleição foi antecipada por Datafolha
Vantagem de Lula estava desenhada desde dia 17
DA REDAÇÃO
A apuração das urnas em todo o país revelou que Luiz Inácio Lula da Silva teve 60,83%
dos votos válidos e Geraldo
Alckmin, 39,17%. Considerando a margem de erro de dois
pontos percentuais, o Datafolha já havia antecipado no dia
17 a tendência que se confirmaria no resultado da eleição.
Naquele levantamento, Lula
tinha 60%, e Alckmin, 40%.
Nas duas pesquisas seguintes,
divulgadas em 24 de outubro e
na véspera da eleição, o resultado antecipou exatamente o que
seria obtido na urna -Lula tinha 61%, e Alckmin, 39%.
"O mais importante não é ter
acertado o número na véspera.
A pesquisa anterior já havia
mostrado o mesmo número da
urna, e mesmo na do dia 17, o
resultado já estava dentro da
margem de erro. O que o Datafolha mostrou é que o Lula
atingiu o seu teto já na pesquisa
do dia 17, e a partir daí a eleição
ficou estável. Por isso, o número da urna bate com o da pesquisa", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Além da Presidência, o instituto fez pesquisas sobre os governos do Rio de Janeiro e no
Paraná. No Estado do Sudeste,
o acerto exato se repetiu - a
pesquisa divulgada na véspera
mostrou Sérgio Cabral
(PMDB) com 68% contra 32%
de Denise Frossard, mesmo
número de votos válidos obtido
pelos dois nas urnas.
No Paraná, o resultado final
da eleição ficou apenas um
ponto fora da margem de erro
da pesquisa Datafolha.
O Ibope, que realizou pesquisas nos dez Estados em que
houve segundo turno, antecipou os vencedores para todos
os governos ou na pesquisa da
véspera ou na boca-de-urna
(veja quadro ao lado).
O instituto também teve seu
maior problema no Paraná, onde previu vitória de Roberto
Requião por seis pontos (ou até
dois, considerando o limite da
margem de erro). Requião acabou reeleito com apenas 50,1%.
"No Paraná, o número de
brancos e nulos foi grande, e a
abstenção foi bastante alta.
Precisamos analisar se essa
abstenção aconteceu de forma
mais prejudicial ao Requião",
avalia Márcia Cavallari, diretora-executiva do instituto.
No primeiro turno, o instituto havia errado ao prever um
segundo turno entre Olívio Dutra (PT) e Germano Rigotto
(PMDB) no Rio Grande do Sul
-nas urnas, a tucana Yeda Crusius ficou em primeiro lugar.
Desta vez, o Ibope apontou
vitória de Yeda por 53% a 47%
-a apuração deu 53,94% à candidata contra 46,06% de Dutra.
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