São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 2006

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Tendência da eleição foi antecipada por Datafolha

Vantagem de Lula estava desenhada desde dia 17

DA REDAÇÃO

A apuração das urnas em todo o país revelou que Luiz Inácio Lula da Silva teve 60,83% dos votos válidos e Geraldo Alckmin, 39,17%. Considerando a margem de erro de dois pontos percentuais, o Datafolha já havia antecipado no dia 17 a tendência que se confirmaria no resultado da eleição.
Naquele levantamento, Lula tinha 60%, e Alckmin, 40%. Nas duas pesquisas seguintes, divulgadas em 24 de outubro e na véspera da eleição, o resultado antecipou exatamente o que seria obtido na urna -Lula tinha 61%, e Alckmin, 39%.
"O mais importante não é ter acertado o número na véspera. A pesquisa anterior já havia mostrado o mesmo número da urna, e mesmo na do dia 17, o resultado já estava dentro da margem de erro. O que o Datafolha mostrou é que o Lula atingiu o seu teto já na pesquisa do dia 17, e a partir daí a eleição ficou estável. Por isso, o número da urna bate com o da pesquisa", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Além da Presidência, o instituto fez pesquisas sobre os governos do Rio de Janeiro e no Paraná. No Estado do Sudeste, o acerto exato se repetiu - a pesquisa divulgada na véspera mostrou Sérgio Cabral (PMDB) com 68% contra 32% de Denise Frossard, mesmo número de votos válidos obtido pelos dois nas urnas.
No Paraná, o resultado final da eleição ficou apenas um ponto fora da margem de erro da pesquisa Datafolha.
O Ibope, que realizou pesquisas nos dez Estados em que houve segundo turno, antecipou os vencedores para todos os governos ou na pesquisa da véspera ou na boca-de-urna (veja quadro ao lado).
O instituto também teve seu maior problema no Paraná, onde previu vitória de Roberto Requião por seis pontos (ou até dois, considerando o limite da margem de erro). Requião acabou reeleito com apenas 50,1%.
"No Paraná, o número de brancos e nulos foi grande, e a abstenção foi bastante alta. Precisamos analisar se essa abstenção aconteceu de forma mais prejudicial ao Requião", avalia Márcia Cavallari, diretora-executiva do instituto.
No primeiro turno, o instituto havia errado ao prever um segundo turno entre Olívio Dutra (PT) e Germano Rigotto (PMDB) no Rio Grande do Sul -nas urnas, a tucana Yeda Crusius ficou em primeiro lugar.
Desta vez, o Ibope apontou vitória de Yeda por 53% a 47% -a apuração deu 53,94% à candidata contra 46,06% de Dutra.


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