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ELEIÇÕES 2006 / RIO GRANDE DO SUL
Yeda quer que União abata dívida caso déficit diminua
Governadora eleita desconversa sobre formar frente de oposição com Serra e Aécio
Tucana diz que vai cobrar do governo federal créditos com o Estado e que queda da carga tributária depende de uma reforma fiscal
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A governadora eleita do Rio
Grande do Sul, Yeda Crusius
(PSDB), adiantou ontem que
enviará ao Congresso uma sugestão de que os Estados possam abater o pagamento da dívida com a União à medida que
reduzirem seus déficits.
""Aqui pretendemos fazer um
instrumento de premiação, pelo ICMS, aos que incorporarem
valor à exportação. Incorporou
o valor, uma parte do ICMS pode ser negociada. É uma premiação pela melhoria", disse.
"Se estamos fazendo nossa
parte, para zeramento do déficit ao longo dos anos, a mesma
coisa vamos requerer do governo federal. Se a gente faz, pode
exigir, ficamos credenciados
para irmos a Brasília pedir retribuição. No caso da dívida, a
cada melhora fiscal devemos
ser aliviados do compromisso.
É uma sugestão que vamos levar ao Congresso."
Sobre a formação de uma
frente de oposição com os governadores tucanos, principalmente Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), Yeda foi evasiva,
dizendo que o papel da oposição é fiscalizar o governo e fazer denúncias quando cabível.
De acordo com Yeda, emissários seus e do governo federal já
mantiveram contatos ontem.
Créditos
Questionada sobre o pedido
que fará ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva na primeira reunião com os governadores, ela disse: ""Há créditos que
o Rio Grande do Sul sabe que
tem junto ao governo federal.
Vamos levar primeiro a decisão
de colocar conserto na casa,
com medidas de gestão que serão conhecidas a partir do dia 1º
de janeiro. Mas vamos pedir
que o governo honre débitos
com o Rio Grande do Sul".
O principal deles, disse Yeda,
é "o retorno pela Lei Kandir",
que desonerou as exportações.
"Os Estados produtores e exportadores têm sido penalizados pela sua competência em produzir e exportar."
Yeda citou cinco projetos
prioritários: resolução de passivos, plano estadual de irrigação
(contra as estiagens), redução
das mortes por causas externas
(acidentes e homicídios), alfabetização na primeira série e
redução das mortes no parto.
Economista, ela fala em diminuição na carga tributária:
""Quando os serviços públicos
são bem feitos, ninguém se importa de contribuir, mesmo
que a carga tributária seja alta.
A carga tributária é alta no Brasil, não é diferente no Rio Grande do Sul. A diminuição da carga tributária dependerá de iniciativas de reforma fiscal", afirmou a governadora eleita.
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