São Paulo, quinta, 31 de dezembro de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice SEGUNDO MANDATO Ligado a José Serra, economista já participou do governo como secretário-executivo do Planejamento Andrea Calabi presidirá o Banco do Brasil
da Sucursal de Brasília O economista Andrea Sandro Calabi, 53, será o novo presidente do Banco do Brasil a partir do próximo ano. Ele vai substituir Paulo César Ximenes, que pediu para deixar o cargo durante a reforma no governo que o presidente Fernando Henrique Cardoso. Sua posse deve acontecer até 15 de janeiro. O nome de Calabi foi confirmado ontem de manhã pela assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, após reunião dele e Ximenes com o ministro Pedro Malan (Fazenda). O convite oficial foi feito na noite de terça-feira. Questionado sobre uma eventual privatização do Banco do Brasil no futuro, Calabi disse que "isso ainda não foi discutido". Segundo ele, não é o momento de discutir esse assunto. "Eu tenho a duríssima tarefa de calçar os sapatos que o doutor Ximenes está deixando", afirmou o economista. O novo presidente do BB é ligado ao senador José Serra (PSDB-SP), atual ministro da Saúde. Ele foi secretário-executivo do Ministério do Planejamento quando Serra era o titular da pasta. Seu nome para a presidência do BB recebeu o apoio de Serra. "Tenho uma grande proximidade com as pessoas que estão no governo", afirmou Calabi após a reunião com Malan. Ele disse que pretende continuar a reestruturação e o fortalecimento do Banco do Brasil como um banco comercial. Ximenes já havia confidenciado a amigos que não gostaria de permanecer no cargo porque a instituição precisa de novas idéias. Calabi disse ainda que inicialmente vai manter a equipe que já está no BB. Com experiência no setor público, ele já foi secretário do Tesouro Nacional e participou do conselho de administração do BB entre 1995 e 1996. Calabi é doutor em Economia pela Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. O paulista Calabi é tido por Fernando Henrique Cardoso como uma pessoa com grande capacidade operacional. Foi cotado para assumir o Ministério da Saúde quando Adib Jatene pediu demissão. Fez parte da equipe que elaborou o programa de governo de FHC. Participou, como secretário do Tesouro, da equipe do ex-ministro da Fazenda Dilson Funaro. É filiado ao PSDB. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente, disse que o BB foi o primeiro banco federal a ter seu presidente indicado para o segundo mandato. Ainda precisam ser definidos os presidentes da Caixa Econômica Federal e do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Partidos aliados do governo reivindicam os cargos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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