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Sem integração, projeto estacionou
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
O VLT de Campinas, obra planejada para ser o marco da administração de Jacó Bittar, então no
PT e hoje no PSB, transformou-se
no maior fiasco por falta de integração com outros meios de
transporte coletivo, segundo especialistas e a própria prefeitura.
"Mais do que falta de integração, o maior crime foi terem desistido dele", reclama Bittar.
"Faltou empenho para levá-lo
até os DICs e ao Aeroporto Internacional de Viracopos. Aí o sistema estaria consolidado", diz.
Ao todo, o VLT atingiu 7,8 quilômetros, passando por oito estações (Central, Barão de Itapura,
Jardim Aurélia, Vila Teixeira, Parque Industrial, Anhanguera,
Pompéia e Campos Elíseos) da região sudoeste.
"Ligava o nada a lugar nenhum", ironiza o vereador Tadeu
Marcos (PMDB), autor do relatório desaparecido da CEI que apurou irregularidades na contratação da obra.
As estações, em concreto pré-moldado, estão todas em locais
ermos, à exceção da Campos Elíseos, projetada para ser a principal, com entrada pela avenida das
Amoreiras.
Desativado em fevereiro de
1995, o futuro do VLT ainda é incerto.
O atual secretário municipal de
Transportes, Marcos Bicalho, informou que o assunto só será discutido durante a elaboração do
Plano Diretor de Transportes, em
2002.
"Vamos estudar o seu aproveitamento junto com toda a malha
ferroviária disponível dentro de
Campinas", disse.
Para tanto, porém, a Prefeitura
de Campinas terá de refazer praticamente todo o projeto e fazer um
reforma geral.
Passageiros
A rede área de eletricidade do
VLT foi totalmente furtada, os trilhos estão desaparecendo com
uma erosão no trecho entre as estações Pompéia e Anhanguera e
as estações, todas depredadas, viraram moradia de sem-teto.
"O grosso das obras, que são
pontes e túneis, está bem conservado", ameniza Bicalho.
Inaugurado experimentalmente em novembro de 1990, o VLT
circulou gratuitamente até 22 de
abril de 1993, transportando uma
média de 15 mil passageiros por
dia.
Logo no primeiro dia em que
passou a atuar comercialmente,
cobrando o mesmo valor que os
ônibus, a média caiu pela metade,
7,5 mil por dia.
Em agosto, a Prefeitura de Campinas formalizou sua desistência
no empreendimento, dando concessão à Fepasa para sua exploração.
Em 17 de fevereiro de 1995, foi
desativado provocando a demissão de 150 funcionários.
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