free-lance para a Folha Campinas

O Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa ao Consumidor) de Campinas autuou ontem cinco postos de gasolina da cidade por falta de informações a respeito de preço, promoções ao consumidor e juros cobrados.
O valor da multa pode variar de 200 a 3 milhões de Ufirs (Unidade Fiscal de Referência). A Ufir vale R$ 0,97.
A diretora do órgão, Stela Borghi Bertin, também está requisitando a planilha de custos dos cinco postos para investigar se há prática de cartel.
A fiscalização continua na próxima semana e a expectativa do Procon é obter a planilha de custos de 40% dos 170 postos da cidade. Segundo ela, se forem encontrados pelo menos três postos praticando preços iguais é um indicativo de cartel.
O cartel é caracterizado quando empresas que vendem o mesmo produto se reúnem para discutir a aplicação de preços idênticos e, dessa forma, evitar que a concorrência reduza as margens de lucro do setor.
Stela disse que, em Campinas, o preço da gasolina comum varia de R$ 1,14 a R$ 1,16, valores considerados altos pelo órgão. O álcool está na faixa de R$ 0,599.
O presidente da Recap (Sindicato dos Postos de Combustíveis), Emílio Roberto Martins, disse por meio de sua assessoria de imprensa que não há pratica de cartel.
O dono do Posto Nossa Senhora de Fátima, Jair Frazzato, foi autuado e disse que não havia a placa de informações sobre o preço dos combustíveis devido ao reajuste.
"Eu mandei pintar a placa com valores atuais. A cada reajuste isso ocorre", afirmou.



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