Campinas, Terça-feira, 04 de Julho de 2000


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SEGURANÇA
Seis presos são mortos em cadeia de Ribeirão

DA FOLHA RIBEIRÃO

Seis presos foram assassinados a estiletadas na manhã de ontem na Cadeia Pública de Ribeirão Preto, unidade 2, depois de serem espancados. Um dos detentos chegou a ser decapitado pelos companheiros de cela.
A morte dos seis presos aconteceu por volta de 9h30, quando um grupo -cujo número de participantes a polícia não soube informar- invadiu a cela 14 da ala A.
Considerada de segurança máxima, a nova cadeia já contabiliza 11 mortos desde sua inauguração, em novembro de 99. Ontem, o delegado-seccional de Ribeirão, José Manoel de Oliveira, admitiu a insegurança do prédio.
Oliveira, que solicitou uma perícia no prédio, disse que o piso da cadeia facilita a fuga de detentos. Em um prazo de 40 dias, já foram encontrados dois buracos no presídio, por onde fugiram 15 detentos, de acordo com a polícia.
Segundo o governo do Estado, responsável pela construção, a nova cadeia de Ribeirão é considerada de segurança máxima por possuir uma arquitetura projetada para dar maior proteção, além de ter paredes mais altas e sistema antifugas mais apropriado.
Mesmo com tudo isso, em uma das rebeliões os presos arrancaram as grades com as mãos, sem precisar de ferramentas.
A nova cadeia tem 80 carcereiros, número considerado insuficiente para a segurança interna. A PM faz uma ronda externa com quatro policiais, que se revezam em turnos. "A segurança interna só cabe à Polícia Civil", afirmou o major Otávio Pedroso Filho.
Com capacidade para 422, abrigava cerca de 480 detentos na tarde de ontem, segundo a polícia.


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