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SEGURANÇA
Seis presos são mortos em cadeia de Ribeirão
DA FOLHA RIBEIRÃO
Seis presos foram assassinados
a estiletadas na manhã de ontem
na Cadeia Pública de Ribeirão
Preto, unidade 2, depois de serem
espancados. Um dos detentos
chegou a ser decapitado pelos
companheiros de cela.
A morte dos seis presos aconteceu por volta de 9h30, quando um
grupo -cujo número de participantes a polícia não soube informar- invadiu a cela 14 da ala A.
Considerada de segurança máxima, a nova cadeia já contabiliza
11 mortos desde sua inauguração,
em novembro de 99. Ontem, o delegado-seccional de Ribeirão, José
Manoel de Oliveira, admitiu a insegurança do prédio.
Oliveira, que solicitou uma perícia no prédio, disse que o piso da
cadeia facilita a fuga de detentos.
Em um prazo de 40 dias, já foram
encontrados dois buracos no presídio, por onde fugiram 15 detentos, de acordo com a polícia.
Segundo o governo do Estado,
responsável pela construção, a
nova cadeia de Ribeirão é considerada de segurança máxima por
possuir uma arquitetura projetada para dar maior proteção, além
de ter paredes mais altas e sistema
antifugas mais apropriado.
Mesmo com tudo isso, em uma
das rebeliões os presos arrancaram as grades com as mãos, sem
precisar de ferramentas.
A nova cadeia tem 80 carcereiros, número considerado insuficiente para a segurança interna. A
PM faz uma ronda externa com
quatro policiais, que se revezam
em turnos. "A segurança interna
só cabe à Polícia Civil", afirmou o
major Otávio Pedroso Filho.
Com capacidade para 422, abrigava cerca de 480 detentos na tarde de ontem, segundo a polícia.
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