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Crise na Saúde obriga paciente a
"migrar" para hospitais da região
da Folha Campinas
Pacientes da rede pública de saúde de Campinas começaram a "migrar" para cidades da região em razão da crise no setor, marcada pela
greve do funcionalismo e pela redução de leitos no HC (Hospital de
Clínicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O pronto-socorro da Santa Casa
de Valinhos (10 km de Campinas)
foi o mais atingido. A unidade passou a receber 45 pacientes de Campinas por dia, segundo o diretor
clínico da unidade, Ruy Antonio
Meirelles, sendo que normalmente
recebe menos que a metade (20).
É o caso do motorista João Francisco Zanini. Ele levou seu filho,
que torceu um dos pés, ontem a
Valinhos para não enfrentar fila
em hospitais de Campinas.
De acordo com a diretora técnica
da DIR-15 (Direção Regional de
Saúde), de Piracicaba, Marizete
Medeiros da Costa Ferreira, as regionais têm um compromisso
"histórico" em oferecer retaguarda
às cidades que não comportarem a
demanda de atendimento.
De acordo com a central reguladora de atendimentos e internações da região de Piracicaba, nas
duas últimas semanas foram levadas seis pessoas para hospitais de
outras cidades.
Todos os pacientes, que precisavam de atendimento urgente, deveriam ser medicados em Campinas, que é a primeira referência no
setor. Três deles foram internados
em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) em Piracicaba, dois em Limeira e um em Araras. Foram feitas duas cirurgias cardíacas em Piracicaba.
O Hospital Municipal de Paulínia
(17 km de Campinas) também registrou um aumento médio de 7%
no atendimento geral de pacientes
que chegam à unidade pelo pronto-socorro, segundo o diretor administrativo do hospital, Antonio
Piva Júnior.
Em todo o mês passado, foram
feitos 12.243 atendimentos na unidade de Paulínia. Segundo Piva Júnior, a crise na rede de Campinas
determinou o aumento.
Funcionários do Hospital Municipal Mário Gatti estão em greve
desde o dia 13 de maio. No restante
da rede municipal, a adesão à greve
ocorreu no dia 28, paralisando
parcial ou totalmente as atividades
em postos de saúde.
Com isso, a população superlotou os prontos-socorros que ainda
atendem na cidade. No Hospital
Celso Pierro, da PUC-Campinas,
houve um aumento de 20% na média de 510 atendimentos diários.
O hospital Mário Gatti e os prontos atendimentos do Jardim São
José e da Vila Padre Anchieta, estão atendendo apenas com 30% da
capacidade.
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