Campinas, Sábado, 5 de junho de 1999

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CRISE
Além dos servidores, Unicamp, motoristas e cobradores podem parar a partir de segunda
Paralisação ameaça serviço essencial

free-lance para a Folha Campinas

As greves de servidores públicos, funcionários da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e de motoristas e cobradores de ônibus ameaçam deixar 31,2 mil alunos sem aula, 2.150 pessoas sem atendimento médico e 350 mil sem transporte coletivo na próxima segunda-feira.
Das três paralisações, apenas a dos servidores já ocorre em Campinas. A categoria está em greve há nove dias, com exceção dos funcionários da Saúde, parados há um mês. As outras duas começam na segunda-feira, de acordo com os sindicatos das categorias.
Ao todo, 26 mil funcionários dos três setores podem paralisar as atividades. Metade destes são servidores públicos municipais, que pedem a manutenção dos benefícios que recebem.
Também na segunda-feira, a Câmara de Campinas vota a criação de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar possíveis irregularidades na folha de pagamento da prefeitura e vota ainda o corte do convênio com a Unimed dos servidores.
O movimento pró-impeachment do prefeito Francisco Amaral (PPB), organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas, será ampliado, na próxima semana, para entidades sindicais, estudantis e associações de bairro.
Com um abaixo-assinado de 20 mil assinaturas, o movimento prepara um dia de protestos contra o prefeito.
"O movimento independe da greve dos servidores e será ampliado", disse Fábio Custódio, coordenador-geral do sindicato. Segundo ele, adesivos e cartazes estão sendo feitos para o dia de protesto contra a administração. "Só a data ainda não está marcada, mas será na próxima semana", afirmou.
Paralelamente ao movimento, o sindicato tenta ampliar, a partir de segunda-feira, a greve de servidores. O próximo alvo é a Guarda Municipal de Campinas, que conta com 800 funcionários.
Segundo o sindicato, os guardas municipais só não pararam ainda porque, de acordo com o estatuto da entidade, eles podem ser demitidos por justa causa caso entrem em greve.



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