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CRISE
Além dos servidores, Unicamp, motoristas e cobradores podem parar a partir de segunda
Paralisação ameaça serviço essencial
free-lance para a Folha Campinas
As greves de servidores públicos,
funcionários da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e de
motoristas e cobradores de ônibus
ameaçam deixar 31,2 mil alunos
sem aula, 2.150 pessoas sem atendimento médico e 350 mil sem
transporte coletivo na próxima segunda-feira.
Das três paralisações, apenas a
dos servidores já ocorre em Campinas. A categoria está em greve há
nove dias, com exceção dos funcionários da Saúde, parados há um
mês. As outras duas começam na
segunda-feira, de acordo com os
sindicatos das categorias.
Ao todo, 26 mil funcionários dos
três setores podem paralisar as atividades. Metade destes são servidores públicos municipais, que pedem a manutenção dos benefícios
que recebem.
Também na segunda-feira, a Câmara de Campinas vota a criação
de uma CEI (Comissão Especial de
Inquérito) para apurar possíveis
irregularidades na folha de pagamento da prefeitura e vota ainda o
corte do convênio com a Unimed
dos servidores.
O movimento pró-impeachment
do prefeito Francisco Amaral
(PPB), organizado pelo Sindicato
dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas, será
ampliado, na próxima semana, para entidades sindicais, estudantis e
associações de bairro.
Com um abaixo-assinado de 20
mil assinaturas, o movimento prepara um dia de protestos contra o
prefeito.
"O movimento independe da
greve dos servidores e será ampliado", disse Fábio Custódio, coordenador-geral do sindicato. Segundo
ele, adesivos e cartazes estão sendo
feitos para o dia de protesto contra
a administração. "Só a data ainda
não está marcada, mas será na próxima semana", afirmou.
Paralelamente ao movimento, o
sindicato tenta ampliar, a partir de
segunda-feira, a greve de servidores. O próximo alvo é a Guarda
Municipal de Campinas, que conta
com 800 funcionários.
Segundo o sindicato, os guardas
municipais só não pararam ainda
porque, de acordo com o estatuto
da entidade, eles podem ser demitidos por justa causa caso entrem
em greve.
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