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Ônibus ameaça parar por corte de benefício
free-lance para a Folha Campinas
Os 4.100 motoristas e cobradores
de ônibus de Campinas não receberam os dois meses de vale-refeição atrasados e prometem paralisar os ônibus a partir da 0h de segunda-feira.
As empresas alegaram que não
têm condições de pagar benefícios
como o vale-refeição devido à queda do número de passagens comercializadas mensalmente.
Segundo a Transurc (Associação
das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas), de 1995
para cá o número de passagens
vendidas caiu de 13 milhões por
mês para 8,5 milhões a cada 30
dias.
Na quarta-feira passada, o TRT
(Tribunal Regional do Trabalho)
votou o dissídio da categoria concedendo 3,88% de reajuste ao salário e ao vale-refeição.
O presidente da Transurc, Armando Damaceno, afirmou que as
empresas devem demitir mais funcionários nos próximos dias.
Amanhã vence o aviso prévio de
270 condutores e cobradores demitidos em 6 de maio passado.
Ontem os diretores da Transurc
não foram encontrados para comentar o não-pagamento do benefício. Os empresários esperam cassar na Justiça os reajustes obtidos
pela categoria.
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