Campinas, Quinta-feira, 06 de Janeiro de 2000


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ANO NOVO, DRAMA VELHO
Municípios que investiram em contenção no ano passado evitaram alagamentos
Maioria das cidades atingidas na região deixou de investir em obras preventivas

MÁRIO ROSSIT
da Folha Campinas

Entre as dez cidades mais atingidas pelas chuvas na região de Campinas desde o último dia 31, sete não investem em obras para contenção das cheias, segundo informações fornecidas pelas próprias prefeituras.
As prefeituras de Mogi Guaçu, Hortolândia, Sumaré, Piracicaba, Itapira, Jaguariúna e Várzea Paulista alegam falta de recursos.
Entretanto, Socorro (91 km de Campinas) investiu R$ 2 milhões no desassoreamento do rio Grande e dos seis ribeirões que cortam a cidade.
No início do ano passado, a cidade registrou 1.000 desabrigados. Neste ano nenhuma casa foi alagada e ninguém ficou desabrigado no município.
Em Jundiaí (36 km de Campinas), a construção de galerias pluviais evitou problemas maiores com enchentes, segundo o secretário de Obras, Valter da Costa e Silva.
A prefeitura hoje não possui obras específicas de contenção de enchentes mas, segundo Silva, foram feitos 30 quilômetros de galerias a um custo total de R$ 3 milhões.
"Vamos investir pelo menos R$ 1 milhão em obras de galerias pluviais", afirmou.
Segundo o secretário, bairros como o Jardim Varjão, uma invasão de terra, não sofrem com alagamentos de casas. "Fizemos barragens nesse bairro", disse o secretário de Jundiaí.
A Prefeitura de Campinas mantém cinco obras de contenção de enchentes paralisadas há um ano, todas no córrego Piçarrão, na região norte, uma das mais atingidas pelas cheias.
Outras nove obras no córrego Quilombo e uma no Piçarrão estão em andamento, segundo Rubens Celso Paz, coordenador do Procen (Programa Contra Enchentes) da prefeitura (leia texto nesta página).
Em Capivari, depois das cheias do início do ano passado, a prefeitura realizou uma parceria com uma empresa e conseguiu, sem custo, desassorear os pontos críticos do rio Capivari, o que contribuiu para amenizar as cheias deste ano, segundo a Defesa Civil Regional.
Neste ano, só duas casas foram alagadas, segundo a Defesa Civil.



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