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ANO NOVO, DRAMA VELHO
Municípios que investiram em contenção no ano passado evitaram alagamentos
Maioria das cidades atingidas na região
deixou de investir em obras preventivas
MÁRIO ROSSIT
da Folha Campinas
Entre as dez cidades mais atingidas pelas chuvas na região de
Campinas desde o último dia 31,
sete não investem em obras para
contenção das cheias, segundo informações fornecidas pelas próprias prefeituras.
As prefeituras de Mogi Guaçu,
Hortolândia, Sumaré, Piracicaba,
Itapira, Jaguariúna e Várzea Paulista alegam falta de recursos.
Entretanto, Socorro (91 km de
Campinas) investiu R$ 2 milhões
no desassoreamento do rio Grande e dos seis ribeirões que cortam
a cidade.
No início do ano passado, a cidade registrou 1.000 desabrigados. Neste ano nenhuma casa foi
alagada e ninguém ficou desabrigado no município.
Em Jundiaí (36 km de Campinas), a construção de galerias pluviais evitou problemas maiores
com enchentes, segundo o secretário de Obras, Valter da Costa e
Silva.
A prefeitura hoje não possui
obras específicas de contenção de
enchentes mas, segundo Silva, foram feitos 30 quilômetros de galerias a um custo total de R$ 3 milhões.
"Vamos investir pelo menos R$
1 milhão em obras de galerias pluviais", afirmou.
Segundo o secretário, bairros
como o Jardim Varjão, uma invasão de terra, não sofrem com alagamentos de casas. "Fizemos barragens nesse bairro", disse o secretário de Jundiaí.
A Prefeitura de Campinas mantém cinco obras de contenção de
enchentes paralisadas há um ano,
todas no córrego Piçarrão, na região norte, uma das mais atingidas pelas cheias.
Outras nove obras no córrego
Quilombo e uma no Piçarrão estão em andamento, segundo Rubens Celso Paz, coordenador do
Procen (Programa Contra Enchentes) da prefeitura (leia texto
nesta página).
Em Capivari, depois das cheias
do início do ano passado, a prefeitura realizou uma parceria com
uma empresa e conseguiu, sem
custo, desassorear os pontos críticos do rio Capivari, o que contribuiu para amenizar as cheias deste ano, segundo a Defesa Civil Regional.
Neste ano, só duas casas foram
alagadas, segundo a Defesa Civil.
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