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SEGURANÇA
Frentes de investigação começam a "cruzar" informações sobre o desaparecimento de 340 quilos de cocaína
Promotoria quebra sigilo de 3 delegados
MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas
A Promotoria de Justiça de Campinas quebrou o sigilo bancário de
pelo menos três delegados de polícia da cidade. Promotores investigam o desaparecimento dos 340
quilos de cocaína do IML (Instituto Médico Legal), que fica no complexo policial de Campinas.
Os promotores já ouviram o depoimento de oito pessoas, entre
policiais e delegados da cidade.
Agora, as frentes que investigam
o sumiço da cocaína, Promotoria
de Justiça, Corregedoria da Polícia
Civil, Polícia Federal e investigadores da Polícia Civil, pretendem
cruzar as informações obtidas.
A promotoria já apurou possíveis falhas funcionais durante a
apreensão da droga, como a liberação de Sônia Aparecida Rossi, suposta chefe da quadrilha que foi
flagrada no local, mas acabou liberada pela polícia.
Entre as provas que apontam falha operacional está uma fotografia obtida, na qual Sônia aparece
algemada no dia da apreensão da
droga. Ela teria sido solta em seguida. A Corregedoria apura a denúncia de que policiais civis e militares teriam recebido R$ 200 mil
para liberar Sônia.
Depoimento
Um esquema especial de segurança, com cerca de 115 homens
das Polícias Militar, Civil e Federal
foi montado ontem à tarde no prédio da Justiça Federal para o depoimento de quatro testemunhas
sobre o desaparecimento dos 340
quilos de cocaína. O depoimento
das testemunhas durou cerca de
cinco horas e quase todo o trânsito
no local ficou comprometido.
Policiais da Dise (Delegacia de
Investigações Sobre Entorpecentes) e peritos do IC (Instituto de
Criminalística), foram depor como testemunhas.
As seis pessoas presas em Indaiatuba sob acusação de pertencerem
à quadrilha que traficava a droga
também acompanharam o depoimento das testemunhas ontem.
As testemunhas prestaram depoimento ao juiz Nelson Bernardes de Sousa, que não permitiu o
acesso da imprensa ao julgamento.
Os suspeitos de integrarem a
quadrilha são Bruno Henrique
Goes, Valter Tasando Ismídio,
Eduardo José Lopes, Elivander
Maidana de Oliveira e Paulo César
Tavares.
Eles foram presos em flagrante
com a droga no dia 31 de janeiro.
Sônia Aparecida Rossi, que estava na chácara no dia da apreensão,
mas foi presa apenas em fevereiro,
também foi à Justiça Federal
acompanhar o depoimento. Ela está presa na Cadeia Feminina do
Tatuapé.
Uma escolta especial conduziu
membros da quadrilha para presídios de Avaré, no Complexo Penitenciário Campinas - Hortolândia,
e São Paulo, nos presídios do Carandiru e Tatuapé.
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