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VIOLÊNCIA
Este ano, número de sequestros chega a três em Campinas e oito na região; polícia ainda não tem suspeitos
Confusão encerra sequestro em Campinas
ADEMAR MARTINS FERREIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Depois de muita confusão e sem
a participação da polícia, o oitavo
sequestro do ano na região foi encerrado no fim da tarde de anteontem.
Dois homens, um de 16 anos e
outro de 22 anos, filhos de um
empresário de Campinas, foram
libertados no final da tarde, depois de permanecerem dois dias
em poder de sequestradores em
uma casa em construção.
Os irmãos, que não tiveram seus
nomes revelados pela polícia, foram encontrados na casa que fica
no bairro Jardim Planalto de Viracopos, na periferia da cidade,
pelo filho do proprietário da obra.
O dono da construção, o servidor público J.L.F.N., também foi
sequestrado e colocado como refém no mesmo cativeiro. Ele chegava à obra para visitá-la quando
foi rendido por quatro homens
armados e foi preso junto com os
jovens.
Os sequestradores saíram com
o carro do funcionário público.
Como ele demorava para voltar
para a casa onde mora, seu filho
foi à construção, encontrou os
três amarrados e chamou a polícia.
Ninguém foi preso até o final da
tarde de ontem, quando a polícia
começou as investigações.
Os irmãos foram sequestrados
quando saíam de casa, no bairro
Campos Elíseos, na manhã da última segunda-feira, às 11h.
Segundo informações da polícia, em 24 horas foram feitos oito
contatos entre os sequestradores
e a família. A quadrilha pediu resgate de R$ 150 mil, mas a polícia
não informou se houve pagamento de resgate.
Este foi o terceiro sequestro registrado em Campinas este ano.
Em toda a região, os oito casos
registrados este ano somaram um
total de 16 pessoas sequestradas.
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) assumiu o caso e o
delegado Joel Antônio dos Santos
ouviu os três sequestrados.
Segundo Santos, os sequestradores dos três homens não devem
fazer parte da quadrilha que é investigada desde o começo do ano
e é responsável pelo último sequestro na região.
"Os valores pedidos por esses
sequestradores e o fato de eles terem usado uma casa em construção como cativeiro são fatores
que nos fazem descartar esta hipótese", afirmou.
Segundo dados da Secretaria da
Segurança Pública do Estado, em
99 foi registrado apenas um caso
de sequestro na região.
Já no ano passado, quando a família Oliveira atuou na região, foram 19.
Os oito casos deste ano já somam mais do dobro dos casos de
sequestros registrados em 98.
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