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CPI DA NIKE
Deputados dão prazo de 72 h para FPF e CBF entregarem originais; suspeita é que assinatura seja falsificada
Câmara apura contrato de goleiro do União
DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS
A CPI da Nike, na Câmara, vai
investigar se o contrato do goleiro
Oliveira, 21, assinado há dois anos
com o União São João de Araras,
foi elaborado com a assinatura
falsa do pai do jogador, Joaquim
de Jesus Rocha.
A informação foi dada ontem
pelo deputado Pedro Celso (PT-DF), após a sessão reservada da
CPI, que investiga o contrato da
CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) com a empresa de materiais esportivos Nike.
O contrato foi assinado no dia
28 de julho de 98, quando o jogador estava com 19 anos. Neste caso, além da assinatura do jogador,
é obrigatória também a do pai ou
responsável para oficializar o contrato, segundo informou o deputado.
"A assinatura do pai do jogador
Oliveira foi claramente falsificada", disse o deputado do PT.
Segundo Pedro Celso, a CPI
aprovou ontem um requerimento, exigindo da FPF (Federação
Paulista do Futebol) e da CBF, a
entrega dos contratos originais do
jogador Oliveira com o União, no
prazo de 72 horas.
O caso do goleiro despertou a
atenção da CPI no último fim-de-semana, quando ele entregou um
passaporte falso ao deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Segundo Pedro Celso, o passaporte pode ter sido entregue a Oliveira, após o goleiro ter sido emprestado pelo União ao Real Mallorca, da Espanha.
Oliveira jogou pelo time espanhol de agosto do ano passado a
junho deste ano. O contrato de
empréstimo do goleiro também
aponta irregularidades, segundo
o deputado Pedro Celso. "Neste
contrato também não consta a assinatura do pai do jogador."
O presidente do União de Araras, José Mário Pavan, não foi localizado ontem pela Folha.
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