Campinas, Quinta-feira, 07 de Dezembro de 2000

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CPI DA NIKE
Deputados dão prazo de 72 h para FPF e CBF entregarem originais; suspeita é que assinatura seja falsificada
Câmara apura contrato de goleiro do União

DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS

A CPI da Nike, na Câmara, vai investigar se o contrato do goleiro Oliveira, 21, assinado há dois anos com o União São João de Araras, foi elaborado com a assinatura falsa do pai do jogador, Joaquim de Jesus Rocha.
A informação foi dada ontem pelo deputado Pedro Celso (PT-DF), após a sessão reservada da CPI, que investiga o contrato da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com a empresa de materiais esportivos Nike.
O contrato foi assinado no dia 28 de julho de 98, quando o jogador estava com 19 anos. Neste caso, além da assinatura do jogador, é obrigatória também a do pai ou responsável para oficializar o contrato, segundo informou o deputado.
"A assinatura do pai do jogador Oliveira foi claramente falsificada", disse o deputado do PT.
Segundo Pedro Celso, a CPI aprovou ontem um requerimento, exigindo da FPF (Federação Paulista do Futebol) e da CBF, a entrega dos contratos originais do jogador Oliveira com o União, no prazo de 72 horas.
O caso do goleiro despertou a atenção da CPI no último fim-de-semana, quando ele entregou um passaporte falso ao deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Segundo Pedro Celso, o passaporte pode ter sido entregue a Oliveira, após o goleiro ter sido emprestado pelo União ao Real Mallorca, da Espanha.
Oliveira jogou pelo time espanhol de agosto do ano passado a junho deste ano. O contrato de empréstimo do goleiro também aponta irregularidades, segundo o deputado Pedro Celso. "Neste contrato também não consta a assinatura do pai do jogador."
O presidente do União de Araras, José Mário Pavan, não foi localizado ontem pela Folha.


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