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CRISE NA ADMINISTRAÇÃO
CPFL cobra dívida de R$ 714 mil da Prefeitura de Campinas referente a atraso de cinco meses
Liminar garante luz em prédio público
LUCIANA FINAZZI
da Folha Campinas
A juíza da 9ª Vara Cível de Campinas, Mariella Ferraz Nogueira,
concedeu ontem uma liminar à
Prefeitura de Campinas para garantir a iluminação de prédios públicos e o funcionamento dos semáforos da cidade.
Na quarta-feira passada, a CPFL
(Companhia Paulista de Força e
Luz) enviou um ofício à Secretaria
das Finanças e dos Recursos Humanos comunicando que promoveria um corte no fornecimento de
energia elétrica a partir das 13h de
ontem em dependências administrativas e nos semáforos da cidade.
De acordo com o ofício, a Prefeitura de Campinas deve R$ 714 mil
à empresa, referentes ao não-pagamento de contas de luz desde agosto.
Para tentar evitar o corte, a prefeitura entrou ontem com um
mandado de segurança com pedido de liminar para proibir que a
CPFL tomasse a medida.
De acordo com juíza, o pedido de
liminar da prefeitura foi deferido
porque o fornecimento de energia
elétrica é essencial à comunidade.
O corte de luz ameaçado pela
CPFL afetaria Paço Municipal, Biblioteca Municipal, Bosque dos
Guarantãs, Balneário, Museu da
Cidade e 13 ARs (Administrações
Regionais), além de paralisar o
funcionamento dos semáforos da
cidade.
A CPFL informou ontem, por
meio de sua assessoria de imprensa, que recorrerá da liminar hoje
com um agravo de instrumento no
Superior Tribunal de Justiça.
Na ação, o procurador do município Edson Vilas Boas Orrú afirma que, caso a energia dos órgãos
fosse cortada, "poderia resultar no
não-atendimento ao público de escolas, creches, hospitais e prontos-socorros".
De acordo com a assessoria da
CPLF, prédios onde funcionam
serviços essenciais não sofrem corte de luz.
Pelo regulamento da empresa,
após dez dias de atraso, a prefeitura recebe um aviso comunicando
que haverá corte em dependências
administrativas caso o pagamento
não seja efetuado.
Segundo a CPFL, no caso da Prefeitura de Campinas, ainda não
houve corte porque a administração está tentando uma negociação.
Ainda de acordo com a ação, Orrú afirma que a CPFL deve cerca de
R$ 1.000 à prefeitura devido à obrigatoriedade de pagamento de aluguel pela utilização de postes em
terrenos municipais.
Há uma lei que cobra o aluguel
dos postes. Orrú não quis falar
com a Folha.
A Folha também tentou falar durante toda a tarde de ontem com o
secretário dos Negócios Jurídicos,
interino das Finanças e dos Recursos Humanos, Álvaro César Iglesias, mas ele não respondeu aos recados deixados.
Segundo ofício da CPFL, a Secretaria de Obras acumula a maior dívida com a CPFL -R$ 585,4 mil.
Em seguida está a Secretaria de
Operações, que deve à CPFL R$
197,5 mil.
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