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INSS ameaça desocupar Policlínica 3
free-lance para a Folha Campinas
O INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) ameaça desocupar
o prédio onde funciona a Policlínica 3, unidade de saúde responsável
por 11 mil atendimentos por mês
em Campinas.
Segundo o chefe da unidade de
administração local do INSS, Sidney Lopes, o imóvel pertence ao
órgão e passará por reformas.
O secretário da Saúde de Campinas, Odair Albano, no entanto,
afirmou que há um impasse sobre
o verdadeiro proprietário do imóvel, que pertencia ao extinto
Inamps.
De acordo com Lopes, do INSS,
no lugar da unidade de atendimento do SUS (Sistema Único de
Saúde) funcionará o CRP (Centro
de Reabilitação Profissional), instalado atualmente na rua General
Osório.
A prefeitura já foi comunicada
em março passado pelo INSS sobre
a necessidade da desocupação,
quando houve a publicação da
aprovação da reforma no "Diário
Oficial" do Estado.
Não foi estimado um prazo, no
entanto, para que o Executivo deixasse as instalações. O prédio tem
51 anos, mas não oferece riscos.
Segundo Lopes, o prédio vai sofrer interrupções no abastecimento de água, de luz, problemas com
telefones e na rede de esgoto com a
reforma.
Todas as paredes internas serão
demolidas e terão divisórias colocadas no lugar. A construtora
CDM, de São Paulo, foi contratada
em outubro passado pelo INSS e
tem um prazo de oito meses para
concluir o serviço.
O prédio já se encontra em obras
e a paralisação do funcionamento
da Policlínica 3 terá que ocorrer
em breve. "É um transtorno muito
grande. As reformas são de grandes proporções", disse.
Atualmente, as obras estão sendo feitas na parte externa do imóvel, sem provocar transtornos aos
funcionários da prefeitura.
O prédio do INSS fica no centro,
e a Policlínica ocupa atualmente
parte do andar térreo e do primeiro andar do edifício.
O representante do Conselho
Municipal de Saúde, Lúcio Rodrigues, disse que os pacientes da Policlínica terão que ser encaminhados para atendimentos em outros
locais, caso seja necessária a interrupção das atividades da unidade
de saúde. "Vamos fazer uma apuração de tudo o que acontecer",
disse.
Ele afirmou que, em Campinas, o
maior problema enfrentado pela
Saúde é em relação ao atendimento. "Temos acompanhado o sistema e percebemos que, embora o
conselho lute pela ampliação da
quantidade de médicos, o que vemos é um aumento do fechamento
de locais de atendimento", disse o
conselheiro, que lembrou o caso
da paralisação das atividades do
Centro de Saúde da rua Barão de
Jaguara, ocorrido há dois meses.
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