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Campinas rejeita o 'filho ilustre'
da Reportagem Local
O compositor e maestro Carlos
Gomes nasceu em Campinas em
11 de julho de 1836 e morreu pobre e rejeitado em Belém do Pará. Quando voltou da Itália, com
câncer, não foi aceito em Campinas, principalmente por causa
dos republicanos, que o consideravam monarquista.
De acordo com a bibliotecária
Maria Luiza Silveira Pinto de
Moura, 75, que desenvolveu 200
teses sobre a vida de Carlos Gomes, ele era amigo de d. Pedro
2º, que patrocinou sua carreira
na Itália, e se recusou a compor
um hino republicano.
A primeira apresentação de
Carlos Gomes na cidade foi no
teatro São Carlos, demolido em
1922. Fica em Campinas até 1859,
quando segue para São Paulo.
Em 30 de julho faz sua última
apresentação na capital, no Pátio
do Colégio, e 24 dias depois vai
para o Rio de Janeiro, onde começa a frequentar aulas do conservatório imperial. Ainda em
1859, é apresentado a d. Pedro
2º, que em 1863 lhe ofereceu uma
bolsa de estudos na Europa.
Em 1864, chega a Milão, onde
vive quase 30 anos. Em abril de
1896, ele segue para Belém do
Pará, depois de ser rejeitado em
Campinas, São Paulo e Rio e vivendo uma crise financeira. Em
24 de outubro de 1896 seu corpo
chega a Campinas e é enterrado
no Cemitério da Saudade. Dez
anos depois é transferido para o
monumento-túmulo.
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