Campinas, Domingo, 9 de agosto de 1998

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Campinas rejeita o 'filho ilustre'

da Reportagem Local

O compositor e maestro Carlos Gomes nasceu em Campinas em 11 de julho de 1836 e morreu pobre e rejeitado em Belém do Pará. Quando voltou da Itália, com câncer, não foi aceito em Campinas, principalmente por causa dos republicanos, que o consideravam monarquista.
De acordo com a bibliotecária Maria Luiza Silveira Pinto de Moura, 75, que desenvolveu 200 teses sobre a vida de Carlos Gomes, ele era amigo de d. Pedro 2º, que patrocinou sua carreira na Itália, e se recusou a compor um hino republicano.
A primeira apresentação de Carlos Gomes na cidade foi no teatro São Carlos, demolido em 1922. Fica em Campinas até 1859, quando segue para São Paulo.
Em 30 de julho faz sua última apresentação na capital, no Pátio do Colégio, e 24 dias depois vai para o Rio de Janeiro, onde começa a frequentar aulas do conservatório imperial. Ainda em 1859, é apresentado a d. Pedro 2º, que em 1863 lhe ofereceu uma bolsa de estudos na Europa.
Em 1864, chega a Milão, onde vive quase 30 anos. Em abril de 1896, ele segue para Belém do Pará, depois de ser rejeitado em Campinas, São Paulo e Rio e vivendo uma crise financeira. Em 24 de outubro de 1896 seu corpo chega a Campinas e é enterrado no Cemitério da Saudade. Dez anos depois é transferido para o monumento-túmulo.



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