Campinas, Terça-feira, 11 de Janeiro de 2000


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VIOLÊNCIA
Homens armados com metralhadoras e granadas invadiram parque à 1h de ontem; ação demorou 3 h
Quadrilha invade Hopi Hari, faz 60 reféns e rouba R$ 500 mil

Isabela Martini/ Folha Imagem
Vista da entrada do parque temático Hopi Hari, na rodovia dos Bandeirantes, em Vinhedo, assaltado na madrugada de ontem


MARINA AVANCINI
da Redação

RICARDO BRANDT
free-lance para a Folha Campinas

Um grupo de homens armados com metralhadoras, fuzis e granadas invadiu ontem o parque temático Hopi Hari, em Vinhedo (16 km de Campinas), e roubou R$ 500 mil em dinheiro e cheques, além de armas dos seguranças.
O assalto aconteceu à 1h, quando havia 60 funcionários no local. Eles foram mantidos reféns por mais de três horas.
De acordo com informações da Polícia Civil, o grupo, de cerca de 20 pessoas, entrou pelo alambrado do parque e rendeu todos os funcionários, deixando-os em um depósito no prédio administrativo enquanto abria o cofre com maçaricos.
Um dos seguranças foi levado como refém pelos assaltantes enquanto eles abriam o cofre, para evitar qualquer reação dos funcionários.
Uma parte do grupo ficou vigiando o restante dos reféns.
Após a ação, os assaltantes fugiram em dois carros de funcionários do parque. Os veículos foram encontrados na manhã de ontem perto do Shopping Serra Azul, que fica próximo ao parque, na rodovia dos Bandeirantes.
A polícia encontrou parte das armas dos seguranças em um matagal próximo ao Hopi Hari.

Informações
Segundo o delegado da Polícia Civil de Vinhedo, Marcel Trevisan, responsável pelo inquérito, há suspeitas de que os homens sabiam como e onde o parque guardava o dinheiro arrecadado.
"Como eles sabiam que havia dinheiro guardado no parque? Eles devem ter conseguido as informações ali dentro", observou o delegado.
De acordo com a assessoria de imprensa do Hopi Hari, o valor roubado equivale ao dinheiro arrecadado anteontem, quando 16 mil pessoas visitaram o parque.
Domingo é o dia de maior movimento, segundo a assessoria do parque, que pertence ao grupo Playcenter.
Um dos seguranças que estava no parque na hora do roubo e que pediu para ter apenas as iniciais de seu nome divulgadas, J.L., 45, afirmou que o grupo estava bem preparado para a ação e que aparentava saber onde estava o dinheiro (leia texto nesta página).
O delegado afirmou que ainda não tinha nenhuma suspeita sobre a quadrilha e que, até o fim da tarde de ontem, ninguém havia sido preso.
"Agindo assim, só pode ser gente especializada", disse.



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