free-lance para a Folha Campinas

A Setransp (Secretaria dos Transportes) multou ontem em R$ 17,1 mil cinco das seis empresas do transporte coletivo urbano devido à não-circulação de ônibus durante a greve dos condutores e cobradores.
As multas foram baseadas na lei municipal 8.719/95, que prevê punição às permissionárias em caso de paralisação de qualquer uma das 178 linhas de transporte coletivo implantadas em Campinas.
Durante a semana, o secretário dos Transportes, Amando de Queiroz Telles Coelho, anunciou que não vai intervir nas empresas, mas apenas multá-las. Cada empresa autuada pagará um valor diferente, baseado na proporção de cada uma.
A Tuca (Transportes Urbanos Campinas) deve pagar o maior valor. Ela foi autuada em R$ 4.800.
A Visca (Viação Santa Catarina) ficou em segundo lugar, com multa de R$ 4.200.
A RLC (Rápido Luxo Campinas), que tem 175 dos cerca de 800 funcionários trabalhando em Campinas, pagará R$ 1.500.
A autuação de ontem é a segunda em uma semana para as empresas de ônibus. Elas ainda devem R$ 490 mil devido ao atraso da entrega dos vales-refeição. A multa foi estipulada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
O TRT autuou ainda o Sindicato dos Rodoviários em R$ 5.000 por dia de greve, pelo descumprimento da lei de greve, que determina a circulação de 30% do total de 729 ônibus durante a greve.

Recurso
Segundo a Setransp, as empresas podem recorrer da multa lançada ontem.
A Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas) deve recorrer de todas as autuações aplicadas em razão da greve, segundo o presidente, Armando Damaceno.



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