Campinas, Sexta, 14 de agosto de 1998

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MÚSICA
Guitarrista argentino é considerado um dos nomes mais respeitados no estilo musical produzido no país
Danny Vincent faz show no Delta Blues

da Reportagem Local

O guitarrista argentino Danny Vincent, 38, um dos nomes mais respeitados do blues no país, se apresenta com sua banda amanhã, no Delta Blues Bar, em Campinas.
No repertório do grupo Danny Vincent Band estão músicas do primeiro CD do guitarrista, "Blues at Close Range", lançado em 95, e do segundo disco, a ser lançado até novembro, ainda sem nome.
Segundo Vincent, o show será apresentado em duas partes, de 45 minutos cada.
Se do primeiro CD o público poderá ouvir as baladas, rock, boogie (um tipo de rock em ritmo mais acelerado) e blues de diferentes vertentes, do segundo disco as pessoas podem esperar por um estilo mais puro, inspirado no Estado americano do Texas.
"A linha desse trabalho foi inspirada no texano Johnny Winter, a meu ver, o maior guitarrista branco do mundo", disse.
O ritmo texano é mais alegre e dançante, diferente do estilo choroso do blues produzido às margens do rio Mississipi.
Vincent é acompanhado por um gaitista, baixista, guitarrista e baterista.

Percussão
Embora procure fazer puro blues, Vincent confessa que sua música sofre influência brasileira.
"É impossível ouvir a percussão brasileira sem ser contagiado."
É na apresentação do novo CD que a percussão estará mais presente.
Entre os músicos brasileiros que Vincent mais admira estão Tom Jobim, Caetano Veloso, Djavan e Hermeto Paschoal.
Mesmo tendo nascido na terra do tango, o "bluesman" diz não ter muita afinidade com o gênero.
Vincent é filho de um violonista de tango famoso nos anos 40 e 50, o Villa da dupla Gomez-Villa.
Segundo ele, a influência musical definitiva foi a guitarra de Jimi Hendrix, em 68. A partir daí, dos movimentos musicais que surgiram dentro e fora da Argentina, inclusive a tropicália.
O currículo de Vincent inclui parcerias com nomes como Mercedes Sosa e Charles Garcia.
Durante a apresentação do Nescafé Blues, em 95, dividiu o palco com feras do gênero como Robert Cray, Jeff Harlley e Wilson Pickett.
Quando chegou ao Brasil, em 90, o guitarrista formou a Albatross Blues Band, que se projetou no cenário paulista.
Antes de formar a banda atual, Vincent integrou ainda os Cream Crackers, outro grupo de blues.



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