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METROPOLIZAÇÃO
Covas oficializa intenção de criar a Região Metropolitana de Campinas, mas não prevê gastos
Covas deixa Grande Campinas para 2001
da Redação
free-lance para a Folha Campinas
O governador de São Paulo,
Mário Covas (PSDB), deve entregar hoje à Assembléia Legislativa
o projeto de criação da Grande
Campinas, depois de seis anos de
adiamentos.
A efetivação da Região Metropolitana, entretanto, só deverá
acontecer em 2001, porque o custeio não foi previsto no Orçamento do Estado para o próximo ano.
Depois da implantação da
Grande Campinas, formada por
18 cidades -a maior parte delas
já conurbadas-, o poder público
poderá criar ações integradas em
diversas áreas como habitação,
transporte, atendimento social e
saneamento.
População
Covas oficializou ontem, em audiência pública com prefeitos das
cidades envolvidas, a intenção de
criar a Região Metropolitana de
Campinas, que será a terceira em
proporção no Estado, com 2,3 milhões de moradores.
A Grande São Paulo e a Baixada
Santista são as outras duas regiões
metropolitanas do Estado.
O presidente da Assembléia Legislativa, Vanderlei Macris
(PSDB), afirmou ontem que vai
articular com os partidos para
que o projeto de lei seja votado
em regime de urgência, logo após
o recesso parlamentar.
Macris acredita que até março o
projeto já estará aprovado.
Mesmo assim, a Região Metropolitana de Campinas não será
implementada no próximo ano.
Isso porque as despesas para a
implantação do projeto não foram previstas no Orçamento de
2000 e, como o ano é eleitoral, dificilmente os prefeitos se articularão para criar os mecanismos de
funcionamento da Grande Campinas (leia texto nesta página).
Para o deputado Renato Simões
(PT), o governador poderia ter
agilizado a entrega do projeto e
permitido que a Grande Campinas estivesse viabilizada já em
2000.
"Foi de péssimo gosto o governador esperar o último dia de atividades da Assembléia para fechar o projeto", afirmou.
Simões é autor de um dos três
projetos que originaram esse último, do Executivo. Os outros dois
são de Macris e da deputada Célia
Leão (PSDB).
A assessoria de Covas não apresentou sua resposta à critica até a
noite de ontem.
Segundo Macris, foi "uma vitória" o fato de Covas ter oficializado o projeto ontem.
"Se foi no último dia de trabalhos da Assembléia, isso não importa", afirmou o deputado. Para
o presidente da Assembléia, a dotação não foi prevista no Orçamento porque o projeto de lei ainda não foi aprovado, mas a implantação "seguirá seu curso natural".
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