Campinas, Quinta-feira, 16 de Dezembro de 1999


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METROPOLIZAÇÃO
Covas oficializa intenção de criar a Região Metropolitana de Campinas, mas não prevê gastos
Covas deixa Grande Campinas para 2001

da Redação
free-lance para a Folha Campinas

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), deve entregar hoje à Assembléia Legislativa o projeto de criação da Grande Campinas, depois de seis anos de adiamentos.
A efetivação da Região Metropolitana, entretanto, só deverá acontecer em 2001, porque o custeio não foi previsto no Orçamento do Estado para o próximo ano.
Depois da implantação da Grande Campinas, formada por 18 cidades -a maior parte delas já conurbadas-, o poder público poderá criar ações integradas em diversas áreas como habitação, transporte, atendimento social e saneamento.

População
Covas oficializou ontem, em audiência pública com prefeitos das cidades envolvidas, a intenção de criar a Região Metropolitana de Campinas, que será a terceira em proporção no Estado, com 2,3 milhões de moradores.
A Grande São Paulo e a Baixada Santista são as outras duas regiões metropolitanas do Estado.
O presidente da Assembléia Legislativa, Vanderlei Macris (PSDB), afirmou ontem que vai articular com os partidos para que o projeto de lei seja votado em regime de urgência, logo após o recesso parlamentar.
Macris acredita que até março o projeto já estará aprovado.
Mesmo assim, a Região Metropolitana de Campinas não será implementada no próximo ano. Isso porque as despesas para a implantação do projeto não foram previstas no Orçamento de 2000 e, como o ano é eleitoral, dificilmente os prefeitos se articularão para criar os mecanismos de funcionamento da Grande Campinas (leia texto nesta página).
Para o deputado Renato Simões (PT), o governador poderia ter agilizado a entrega do projeto e permitido que a Grande Campinas estivesse viabilizada já em 2000.
"Foi de péssimo gosto o governador esperar o último dia de atividades da Assembléia para fechar o projeto", afirmou.
Simões é autor de um dos três projetos que originaram esse último, do Executivo. Os outros dois são de Macris e da deputada Célia Leão (PSDB).
A assessoria de Covas não apresentou sua resposta à critica até a noite de ontem.
Segundo Macris, foi "uma vitória" o fato de Covas ter oficializado o projeto ontem.
"Se foi no último dia de trabalhos da Assembléia, isso não importa", afirmou o deputado. Para o presidente da Assembléia, a dotação não foi prevista no Orçamento porque o projeto de lei ainda não foi aprovado, mas a implantação "seguirá seu curso natural".


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