DA REDAÇÃO

A editora Sama, responsável pela publicação da revista "Humanus", informou, por meio de nota, que a publicação não tem conteúdo nazista ou anti-semita. De acordo com a editora, a "Humanus" prega a "união entre os povos".
"O artigo "Sionismo versus Nazismo: a Semelhança dos Opostos", embora tenha por assunto a semelhança entre duas ideologias aparentemente opostas, tem um objetivo claro e bem definido de alertar as pessoas em relação ao mal causado pelas ideologias, apontadas como causa da desunião entre os homens, e como a origem da violência, da destruição, do ódio e da vingança", diz a nota.
Ainda segundo a nota da editora, "o artigo defende que a pretensa superioridade em relação a outros povos é uma característica comum às duas ideologias -fato esse que comprova que, apesar de aparentemente opostas, são semelhantes- e que essa pretensa superioridade é o traço mais grave que uma ideologia pode ter, por caracterizá-la como racista e por gerar segregação e preconceitos".
A editora informa ainda que "desafia qualquer pessoa a mostrar onde se encontra na revista a afirmação de que a série de momentos históricos do povo hebreu e o movimento científico de Einstein fazem parte do plano judaico de dominação mundial".
De acordo com a nota da editora, a denúncia "é absolutamente individual e não foi feita em nome da comunidade judaica, mesmo porque dezenas de judeus manifestaram agrado e solidariedade ao artigo em questão, demonstrando ânimo em relação a uma abordagem totalmente nova em relação à ladainha anacrônica que há anos vem sendo incensada esquizofrenicamente pela mídia do sistema".
Segundo a nota, "a imparcialidade da revista também pode ser sentida pela mensagem de paz com que se conclui o artigo. O texto termina levantando uma hipótese: o que teria acontecido ao mundo se Einstein e Hitler tivessem se dedicado exclusivamente à arte, para a qual tinham talento. Sabe-se que o físico tinha tendência para a música (tendência essa que foi ilustrada na revista com uma foto sua tocando violino), e Hitler demonstrava talento para a pintura (conforme ilustrações na mesma reportagem)".
A editora não comentou a avaliação da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de que o artigo é neonazista.


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