Campinas, Sexta-feira, 17 de Dezembro de 1999


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FUTEBOL
Rio Branco quer recorrer ao TJD da CBF contra a suspensão de 180 dias, que puniu o jogador
Time tenta evitar punição de Anailson

LUCIANO CALAFIORI
da Folha Campinas

O Rio Branco de Americana estuda solicitar ao TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) um efeito suspensivo da sentença de 180 dias de afastamento imposto ao jogador Anailson.
O atleta ficou suspenso depois que foi descoberta a falsificação de sua identidade para se registrar no clube com idade inferior. Com isso, ele conseguiu ""pular" a barreira da idade limite de algumas categorias de base do futebol.
Segundo o advogado do Rio Branco, José Antonio Franzin, o pedido de efeito suspensivo será protocolado no início de janeiro para que no dia 23 do próximo mês, Anailson possa estrear no Campeonato Paulista.
""Uma das alegações que vamos utilizar é o fato de que a Lei Pelé não permite punição de suspensão superior a 29 dias", disse.
De acordo com o advogado, a alegação é a mesma que o São Paulo fez em relação ao atacante Sandro Hiroshi, ex-jogador do clube de Americana, que conseguiu o efeito suspensivo na semana passada.
Hiroshi também falsificou sua identidade, inclusive para jogar em equipes de base da Seleção Brasileira, e também foi suspenso por 180 dias.
O time de Americana se propõe a tentar reverter a suspensão porque o técnico do time, Edu Marangon, faz questão de ter Anailson no grupo.
Se a pena for mantida, o atleta perderá praticamente todo o primeiro semestre do próximo ano e o campeonato estadual de futebol. O Paulista é a única competição confirmada para o Rio Branco em 2000.

Inquérito
O delegado-titular do 2º DP (Distrito Policial) de Americana, Windor Claro Gomes, tenta há semanas localizar Anailson para tomar seu depoimento, mas, segundo o delegado, o jogador do Rio Branco ainda não foi encontrado.
Ele investiga o caso de falsificação e uso de documentos irregulares, além de falsidade ideológica de Anailson e Hiroshi.
""Eles não estão interessados em ajudar muito na investigação que pode identificar quem ajudou os dois a cometerem o crime", afirmou o delegado.
O delegado disse que pedirá a interferência de empresários de jogadores para localizar Anailson.
A polícia tenta ainda ouvir os pais do jogador. A família de Anailson vive no Maranhão. A Polícia Civil vai tentar receber cópias dos históricos de todos os documentos expedidos para Anailson, inclusive das escolas onde ele estudou.
Apesar da dificuldade de encontrar o jogador investigado, o delegado disse acreditar que Anailson terá obstáculos para se inscrever no Paulista do ano 2000, pois agora terá que usar seus documentos verdadeiros.


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